Descrição
[Excerto da Obra Cristo, Totalmente Desejável • John Flavel • Editado]
“Sim, Ele é totalmente desejável.” (Cânticos 5:16)
Eu prometo mostrar-lhes em que aspectos Cristo é totalmente desejável:
Ele É Desejável Em Sua Pessoa
Primeiramente, Ele é totalmente desejável em Sua Pessoa: Ele é a Deidade habitando em carne (João 1:14). A maravilhosa, perfeita união da natureza Divina e humana em Cristo fazem dEle um objeto de admiração e adoração tanto para anjos quanto para os homens (1 Timóteo 3:16). Deus nunca apresentou ao mundo uma visão tal da glória antes. Considerem como a natureza humana de nosso Senhor Jesus Cristo é transbordante em todas as graças do Espírito, de tal forma como nunca nenhum dos santos foi preenchido. Oh, que amorável pintura isto retrata a respeito dEle! João 3:34: “pois não lhe dá Deus o Espírito por medida.” Isto faz dEle o “mais formoso do que os filhos dos homens; e a graça se derramou em teus lábios” (Salmo 45:12). Se uma pequena medida de graça nos santos os tornam doces e desejáveis companhias, o que as riquezas do Espírito de graça preenchendo Jesus Cristo sem medida devem torná-lO aos olhos dos crentes? Oh, que glória isto deve estabelecer sobre Ele!
Ele É Desejável Em Seus Ofícios
Em segundo lugar, Ele é totalmente desejável em Seus ofícios: consideremos por um momento a adequada, plena e consoladora natureza deles.
Primeiramente, a adequabilidade dos ofícios de Cristo às misérias dos homens. Não podemos senão adorar a infinita sabedoria de Sua concessão deles. Nós somos, por natureza, cegos e ignorantes, no máximo apenas tateando as vagas luzes da natureza após Deus (Atos 17:27). Jesus Cristo é a luz para iluminar os gentios (Isaías 49:6). Quando este grande Profeta veio ao mundo, então o oriente do alto nos visitou (Lucas 1:78). Por natureza, nós estamos alienados, e em inimizade contra Deus; Cristo veio ao mundo para ser um sacrifício satisfatório, fazendo a paz pelo sangue da Sua cruz (Colossenses 1:20). Todo o mundo, por natureza, está em servidão e julgo de Satanás, uma miserável escravidão. Cristo vem com poder real, para salvar os pecadores, como uma presa desde a boca do terrível.
Em segundo lugar, permita ser também considerada a plenitude de Seus ofícios, que O tornam capaz de “salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus,” (Hebreus 7:25). Os três ofícios, abrangendo neles tudo o que as nossas almas necessitam, tornam-se um uni-versal alívio para todos as nossas aflições, e portanto,
Em terceiro lugar, os ofícios de Cristo devem ser inefável consolo para as almas dos peca-dores. Se a luz é agradável aos nossos olhos, quão deleitável é esta luz da vida vinda do Sol da Justiça! (Malaquias 4:2). Se um perdão é doce para um criminoso condenado, quão doce deve ser a aspersão do sangue de Jesus para a temerosa consciência de um pecador condenado pela Lei? Se o resgate de um tirano cruel é doce para um pobre cativo, quão doce deve ser aos ouvidos dos pecadores escravizados, ouvir a voz da liberdade e libertação proclamadas por Jesus Cristo? A partir dos diversos ofícios de Cristo — como a partir de várias fontes — todas as promessas da Nova Aliança fluem — assim, tantos ribeiros de paz e júbilo reconfortantes à alma.
Ele É Desejável Em Suas Relações
Primeiramente, Ele é um desejável Redentor (Isaías 61:1). Ele veio para abrir as portas da prisão daqueles que estão oprimidos. Necessariamente deve ser este um desejável Redentor, se nós considerarmos a profundidade da miséria da qual Ele nos redimiu, até “da ira vindoura” (1 Tessalonicenses 1:10). Considerem o número dos redimidos, e os meios de sua redenção. Apocalipse 5:9: “E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue nos compraste para Deus de toda a tribo, e língua, e povo, e nação”. Ele não nos redimiu com prata e ouro, mas com o Seu próprio precioso sangue, como forma de pagamento (1 Pedro 1:18-19). Com Seu braço estendido e glorioso, por meio de poder, Colossenses 1:13. Ele nos redimiu livremente (Efésios 1:7), completamente (Romanos 8:1), em tempo oportuno (Gálatas 4:4), e devido amor especial e particular (João 17:9). Em uma palavra, Ele nos redimiu para sem-pre, para nunca mais entrarmos em escravidão (1 Pedro 1:5; João 10:28). Oh, quão desejável é Jesus na relação de Redentor dos eleitos de Deus!
Em segundo lugar, Ele é um desejável Noivo para todos os quais Ele desposou para Si. Como a igreja glorifica-O, nestas palavras que seguem o meu texto: “Tal é o meu amado, e tal o meu amigo, ó filhas de Jerusalém!”. Céus e terra não podem mostrar ninguém como Ele, que não necessita de nenhuma prova mais completa do que estas particulares que seguem…