Evangelismo Moderno, por A. W. Pink

R$0,00

SKU: 5660918c4fd7 Categoria:

Descrição

Deveras solenes são estas palavras do mui amado Arthur Pink.

Poucas de nossas traduções possuem uma mensagem tão atual e urgente para nossa geração, nunca antes estivemos em tal situação e nunca antes fomos tão superficiais e anti-bíblicos no evangelismo. Porém é muito mais assombroso, constatar que esta degeneração que caracteriza o evangelismo moderno é somente o reflexo da grande apostasia a qual protestanizaram os protestantes durante o século XX.

Mui solenes são as palavras que introduzem e dão o tom de todo este artigo: “A maioria do chamado evangelismo dos nossos dias é uma tristeza para os cristãos genuínos, pois eles sentem que ele não tem qualquer garantia escriturística, que está desonrando a Deus, e que ele está enchendo as igrejas com professos vazios”.

“Se o evangelista não consegue fazer da glória de Deus o seu objetivo primordial e constante, ele certamente estará errado, e todos os seus esforços serão nada mais do que socos no ar. Quando ele faz um fim de qualquer coisa menos do que isso, ele pode estar certo de cair em erro, pois ele já não dá a Deus o Seu devido lugar. Uma vez que nos fixamos nos nossos próprios fins, nós estamos prontos para adotar os nossos próprios meios. Foi neste exato ponto que o evangelismo falhou duas ou três gerações atrás, e a partir desse ponto tem cada vez mais longe se desviado. O evangelismo fez de “ganhar almas” seu objetivo, seu summum bonum, e tudo o mais foi feito para servir e prestar tributo ao mesmo”.

“A natureza da salvação de Cristo é deploravelmente deturpada pelo atual “evangelista”. Ele anuncia um Salvador do inferno ao invés de um Salvador do pecado. E é por isso que muitos são fatalmente enganados, pois há multidões que desejam escapar do Lago de fogo, mas que não têm nenhum desejo de ser libertos de sua carnalidade e mundanismo. A primeira coisa que foi dita sobre Ele no Novo Testamento é: “E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo… [não “da ira vindoura”, mas] dos seus pecados” (Mateus 1:21). Cristo é um Salvador para aqueles que perceber algo da excessiva malignidade do pecado, que sentem o terrível fardo dele em sua consciência, que se detesta a si mesmo por causa dele, que anseiam ser libertos de seu terrível domínio. E Ele não é um Salvador para nenhum outro. Se ele estivesse “salvando do inferno” aqueles que ainda estão no amor ao pecado, Ele seria um ministro do pecado, perdoando sua maldade e aliando-se a eles contra Deus. Que coisa indizivelmente horrível e blasfema temos atribuído ao Santo Ser!”

“A salvação é pela graça, somente pela graça, pois uma criatura caída não pode fazer nada para merecer a aprovação de Deus ou ganhar o Seu favor. No entanto, a graça Divina não é exercida em detrimento da santidade, pois nunca se compromete com o pecado. Também é verdade que a salvação é um dom gratuito, mas uma mão vazia deve recebê-lo, e não uma mão que ainda firmemente agarra o mundo!

“Ai, ai, o “caminho da salvação” de Deus está quase que totalmente desconhecido, hoje, a natureza da salvação de Cristo é quase universalmente mal entendida, e os termos da Sua salvação deturpados por todos os lados. O “Evangelho”, que está agora a ser proclamado é, em nove casos de cada dez, nada além de uma perversão da Verdade, e dezenas de milhares, certo de que estão seguindo para o céu, mas que agora estão em ritmo acelerado para o inferno tão rapidamente quanto o tempo pode levá-los. As coisas estão muito, muito piores na cristandade do que até mesmo o “pessimista” e “alarmista” supõe.”

“O que deve o povo de Deus fazer frente à situação vigente? Efésios 5:11 fornece a resposta divina: “E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as”; e cada coisa que se opõe à luz da Palavra é “trevas”. É o dever sagrado de todo cristão não se comunicam com a monstruosidade “evangelística” da atualidade, de reter todo o apoio moral e financeiro da mesma, não participar de nenhuma das suas reuniões, nem circular nenhum dos seus folhetos. Esses pregadores que dizem que os pecadores podem ser salvos sem abandonar seus ídolos, sem se arrependerem, sem render-se ao senhorio de Cristo, são tão errôneos e perigosos como os outros que insistem que a salvação é pelas obras, e que o céu deve ser conquistado pelos nossos próprios esforços.”

Deus tenha misericórdia de nós, por amor de Seu nome. Amém!
 

Informação adicional

Autor