Somente Igrejas Congregacionais se Adequam aos Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja, por John Owen
Descrição
esta breve, porém muito instrutiva exposição Sr. Owen esclarece alguns dos motivos pelos quais a “instituição e forma de igrejas evangélicas em congregações individuais são adequadas a todos esses fins para os quais tais igrejas foram designadas; o que elas devem ser em consideração à sabedoria de Jesus Cristo, o seu autor e fundador, ou devem ser completamente descartadas de sua pretensão”.
1. O primeiro destes é o amor mútuo entre todos os Cristãos, todos os discípulos de Cristo. Por discípulos de Cristo refiro-me somente àqueles que professam fé em Sua Pessoa e Doutrina, e O ouvem, ou são guiados por Ele somente, em todas as coisas que referem-se ao culto a Deus, e suas vidas nEle. Se houver alguns chamados Cristãos que nestas coisas escolhem outros guias, chamam a outros ministros, os ouvem em seus apontamentos, nós devemos cortar-los de nossa presente consideração […]”.
“Expressar e exercitar esse amor, em todos os seus atos e deveres, entre os Seus discípulos, foi uma finalidade de Sua nomeação para que eles andassem em relação de igreja uns com os outros, neste amor que é o vínculo da perfeição. E a perda desse amor, como o de seu devido exercício, não é menos uma perniciosa parte da apostasia fatal das igrejas do que o é a perda da fé e adoração.”
2. Outra finalidade da instituição desta instituição é que a igreja seja a “coluna e firmeza da verdade” (1 Timóteo 3:15) – ou seja, que ela deve ser o principal meio exterior de apoia, conservação, declaração pública, e propagação da doutrina ou verdade do evangelho, especialmente relativa à Pessoa e ofícios de Cristo”.
“Assim é que a doutrina da igreja, quanto ao seu conteúdo, foi preservada completa durante os dois primeiros séculos, e um pouco depois. Na verdade, como quando os Israelitas saíram do Egito, veio junto com eles uma “muita mistura de gente” (Êxodo 12:38), que caiu à “cobiça” pela carne quando eles chegaram ao deserto (Número 11:4), para o perigo de toda a congregação: por isso, quando o Cristianismo foi primeiramente pregado e recebido no mundo, além daqueles que abraçaram sinceramente, e foram acrescentados à igreja, havia uma grande mistura de Judeus obstinados, como os Ebionitas; de Gregos filosóficos, como o Valentinianos e Marcionitas; de impostores evidentes, como Simão o Mago e Menandro; os quais, todos eles, fingiram ser Cristãos, mas caíram em concupiscência, e extremamente perturbaram e perplexaram as igrejas com um esforço para seduzi-las à imaginação deles. No entanto, nenhuma das suas abominações poderia forçar uma entrada às próprias igrejas; que, pelos meios insistidos, foram preservadas. Mas quando esta instituição e ordem da igreja foi alterada, e outra gradualmente introduzida em seu lugar, erros e heresias obtiveram novas vantagens, e entraram nas próprias igrejas, o que antes apenas as atacavam e preplexavam”.
3. Nosso Senhor Jesus Cristo deu essa instituição às suas igrejas, estabeleceu-as nessa ordem, como que o Seu interesse, reino, e a religião fossem propagados ao mundo, sem prejuízo ou desvantagem a nenhum dos interesses legítimos dos homens, especialmente, sem qualquer oposição ou até interferência com a autoridade ou o magistrado civil.
“É necessário, a partir desta instituição de igrejas locais, que elas tenham a sua subsistência, continuação, ordem e eficácia de tudo o que elas realizam e fazem como igrejas, a partir do próprio Cristo; pois, enquanto tudo o que somos e fazemos é celestial, espiritual, e não é deste mundo, assim, isso não se estende a nada de todas as coisas que estão sob o poder do magistrado (ou seja, a vida e os corpos dos homens, e todos os interesses civis pertencente a eles), e influencia nada, senão o que nenhum poder de todos os magistrados sob o céu podem alcançar (ou seja, as almas e as consciências dos homens), nenhum problema pode surgir disso a algum dos governantes do mundo, nenhuma contestação sobre o que eles devem e o que não devem confirmar; o que têm causado grandes transtornos entre muitos.”
A Cristo, o Rei dos Santos, seja a honra, glória, força, domínio, e poder, agora e para sempre! Amém!
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