Descrição
Somos gratos ao nosso Deus por nos conceder a graça de, em parceria com o amado irmão Gary Marble, podermos publicar em Português um comentário muito instrutivo do lindíssimo Capítulo 7 da Confissão de Fé Batista de 1689, Sobre a Aliança de Deus.
Que Deus abençoe a sua leitura!
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Pergunta 23 do Catecismo Batista: “Deus deixou toda a humanidade perecer no estado de pecado e miséria?”.
A resposta é: “Deus, de Sua boa vontade desde toda a eternidade, elegeu alguns para a vida eterna, entrando em um Pacto de Graça para livrá-los do estado de pecado e miséria, e para trazê-los a um estado de salvação por meio de um Redentor”. O homem não conseguiu obter a recompensa da vida sob os termos do pacto de obras, mas aprouve ao Senhor fazer uma outra aliança como um meio de conceder-lhes um estado de vida eterna. Ao invés de uma aliança subordinada à perfeita obediência, Deus fez uma aliança incondicional, um Pacto de Graça, com os seus eleitos.
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“Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de uma melhor aliança que está confirmada em melhores promessas. Porque, se aquela primeira fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para a segunda” (Hebreus 8:6-7).
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“Quando começamos a olhar para este Capítulo, percebemos que o Capítulo 7 não é um levantamento dos pactos bíblicos, em vez disso ele lida especificamente com três pactos: o Pacto das Obras (por vezes chamado o pacto da vida), o Pacto da Redenção (entre Pai e Filho), e o Pacto da Graça.” […]
“Vemos que o homem não conseguiu cumprir os termos do primeiro Pacto de Obras (e, portanto, não conseguiu obter a recompensa da vida), mas Deus determinou pela Sua graça oferecer livremente outro Pacto, no qual somente os eleitos entrarão a fim de receber a recompensa da vida eterna — uma recompensa baseada não em suas obras, mas baseada em uma outra obediência, ou seja, a obediência de Cristo. Cristo foi perfeitamente obediente com os termos do Pacto de Obras, e pela fé a Sua obediência é creditada aos eleitos como se fosse a perfeita obediência deles. Essas coisas são gloriosas maravilhas para nós considerarmos!”
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I. Esta Aliança [Pacto da Graça] é revelada no Evangelho;
a. primeiramente a Adão na promessa de salvação pela semente da mulher, e
b. depois por etapas sucessivas,
c. até que a sua plena revelação foi completada no Novo Testamento;
II. e [esta Aliança] é fundada naquela transação da eterna Aliança que houve entre o Pai e o Filho para a redenção dos eleitos;
III. e é somente pela graça desta Aliança [Pacto da Graça] que todos da caída posteridade de Adão que já foram salvos obtiveram a vida e a bem-aventurada imortalidade, […]
… o homem é agora totalmente incapaz de ser aceito por Deus naqueles termos em que Adão permanecia em seu estado de inocência. A incapacidade é a inabilidade do homem para cumprir os termos do Pacto de Obras. Após a Queda, o homem foi deixado em um estado lamentável. O homem perdeu a justiça original (seu estado de inocência), e em vez disso teve sua natureza corrompida pela injustiça. A Confissão reconhece que estaríamos condenados se não fosse o Pacto da Graça. Isto muito bem nos leva para o próximo Capítulo que trata sobre a única esperança para o pecador a qual é Cristo, o Mediador de um melhor pacto, o Pacto da Graça! Hebreus nos diz: “Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de uma melhor aliança que está confirmada em melhores promessas. Porque, se aquela primeira fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para a segunda” (Hebreus 8:6-7). Na verdade, olhamos com gratidão para o Segundo Pacto, a Nova Aliança, a Aliança consumada da graça revelada no Evangelho.
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Sola Gratia!
Solus Christus!
Soli Deo Gloria!