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A Natureza do Homem Controla as suas Emoções

(Este texto é um trecho do capítulo 4 do livro, O Absurdo da Incredulidade.)

 

Esse coração pecaminoso também controla as emoções do homem caído. É uma noção comum, mas falsa, pensar que não somos responsáveis ​​por nossas emoções. Costumamos falar como se nossas emoções fossem criaturas alienígenas que nos atacam a partir do lado de fora, como se estivessem fora do nosso controle. “Não posso fazer nada a respeito de como me sinto”. “Você sentiria o mesmo se isso tivesse acontecido com você”. “Não pude deixar de me apaixonar por ela”. “Você não pode escolher quem você ama”. “Como minhas emoções não seriam afetadas se eu descobrisse que algo ruim havia acontecido com minha mãe ou se eu soubesse que meu tio rico estava prestes a me doar um milhão de dólares?”. “É claro que meus altos e baixos emocionais são resultado de fatores que estão fora do meu controle”. “Eu sou vítima das minhas próprias emoções”. “Eu sou uma vítima das minhas circunstâncias”. “Eu sou uma pessoa emotiva. Não consigo evitar”. Através de declarações comuns como essas, as pessoas gostariam que acreditássemos que as suas emoções não provêm de si mesmas, mas de suas circunstâncias exteriores.

Tais desculpas eliminam a responsabilidade de controlarmos as nossas emoções. Problemas emocionais não são como câncer; não são doenças que nos atacam sem a nossa permissão. Não somos vítimas inocentes das nossas próprias emoções. As emoções não são forças externas causadas por nossas circunstâncias em constante mudança. Em vez disso, nós somos responsáveis ​​por nossas emoções. Somos responsáveis ​​por amar o que é bom e odiar o que é mau. Jesus Cristo deixou claro no Sermão do Monte que não somos apenas responsáveis pelo modo como nos comportamos exteriormente, mas também pelo modo como nos sentimos interiormente.

É verdade que as nossas emoções estão conectadas às nossas circunstâncias. Contudo, não é verdade que as nossas emoções são controladas por nossas circunstâncias. Antes, nossas emoções são controladas por nossos valores (ou seja, pelas coisas que amamos e odiamos). Porque eu amo minha mãe, ficaria profundamente triste se eu soubesse que algo ruim aconteceu com ela. Quão angustiado eu me sentiria? Tudo depende do nível e grau de amor que tenho por minha mãe. Por valorizar o dinheiro, naturalmente me alegraria ao saber que meu tio rico me daria um milhão de dólares. Não é que nossas emoções sejam controladas por mudanças descontroladas em nosso ambiente, o que acontece é que são os nossos valores pré-estabelecidos que controlam como reagimos emocionalmente às mudanças descontroladas em nossas circunstâncias. Em outras palavras, nossas circunstâncias em constante mudança expõem nossa verdadeira natureza e nossos valores pessoais.

Se nós temos problemas emocionais — e toda a humanidade caída os tem — é porque as nossas prioridades e valores estão fora do lugar. Problemas emocionais são resultado direto de um problema do coração. Como uma árvore má sempre produz frutos maus, um coração perverso sempre produz pensamentos, sentimentos e comportamentos perversos. Um estilo de vida egoísta, consumido pela satisfação das necessidades percebidas e pela busca de gratificação pessoal a cada momento, sem dúvida resulta em uma vida emocional instável. Em outras palavras, nossas emoções são um reflexo de nossos valores e de nossa natureza.