❝ E ali virei a ti, e falarei contigo de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins (que estão sobre a arca do testemunho.❞ (Êxodo 25:22)
Que coração pode conceber ou descrever a bênção desta verdade celestial que em todos os momentos, sob todas as circunstâncias, e em todos os lugares, é provido um propiciatório, um trono da graça, no qual o Deus de toda a graça e um pecador sensível podem se encontrar livremente sem impedimentos, se de fato existe algum espírito de oração no seio daquele que roga a Ele? Como nenhum lugar, assim nenhuma circunstância é muito escura para o olho dEle não ver; como nenhuma cobertura é muito espessa, nenhuma circunstância é demasiado obscura para a Sua visão não . “Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? diz o Senhor. Porventura não encho eu os céus e a terra? diz o Senhor”. Diz o salmista: “Se disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então a noite será luz à roda de mim. Nem ainda as trevas me encobrem de ti; mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa”.
De noite em nossa cama; de dia em nossas várias ocupações; nas ruas lotadas ou nos campos solitários; cercados pelos ímpios ou na companhia do povo do Senhor, podemos, se o Espírito Santo nos capacitar, levantar um suspiro sincero, proferir uma palavra confessante e derramar diante do Senhor um simples desejo. Isso pode não ser suficiente para alguns justificarem o cumprimento gracioso da promessa: “Ali virei a ti”. Porém, todo alívio obtido prova que é assim; para onde ou quando tivermos algum senso da presença do Senhor ou do poder do Senhor, qualquer sugestão de que Seu olhar esteja sobre nós para o bem, e Seu ouvido atento ao nosso clamor, seja a oração curta ou longa, seja pronunciada de joelhos ou se a suspiramos em pé, seja na sala silenciosa ou na rua movimentada, temos nisso a evidência que cada crente conhece melhor em sua doce experiência: Deus cumpre a Sua própria palavra graciosa: “Ali virei a ti”.