❝Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.❞ (João 4:10)
Não podemos conhecer a natureza do dom de Deus, embora possamos conhecer a nossa necessidade dele, até que experimentemos seu poder revelado e derramado em nossa alma. Só podemos conhecer o dom de Deus em alguma medida quando sentirmos a vida eterna fluindo através de nossas veias espirituais. Como eu sei que estou vivo naturalmente? A minha participação na vida natural não é conhecida por uma consciência interna de que a possuo? Eu sei que vivo, porque sinto que vivo. E assim, se tivermos vida espiritual, haverá, de tempos em tempos, uma consciência interna de que a temos; nós sentiremos o coração espiritual bater, os pulmões espirituais respirarem, os olhos espirituais enxergarem e os ouvidos espirituais ouvirem — em uma palavra, nós estaremos internamente conscientes das emoções e sensações que são peculiares à vida de Deus na alma. A vida espiritual será vista em sua própria luz, sentida em seu próprio poder e resplandecerá em seu próprio testemunho.
O pouco que conhecemos (e na verdade por mais que saibamos isso ainda é pouco) nos faz desejar mais disso. Se alguma vez recebemos “o dom de Deus” em nossa consciência; se alguma vez sentimos a misteriosa operação da vida divina em nossos corações; se alguma vez conhecemos as doces emoções e sensações peculiares pelas quais essas coisas se manifestam, então estas coisas fizeram com que as outras religiões moressem para nós; e assim que uma medida da vida divina flui para o coração a partir da plenitude do Filho de Deus, não queremos outra religião senão a permanece no poder de Deus; somente podemos viver por meio do dom de Deus e só por ele sentimos que podemos morrer.