❝ Levanta o pobre do pó, e desde o monturo exalta o necessitado, para o fazer assentar entre os príncipes, para o fazer herdar o trono de glória; porque do Senhor são os alicerces da terra, e assentou sobre eles o mundo.❞ (1 Samuel 2:8)
Um homem nunca pode alcançar o céu a menos que peregrine para o céu, Sião, da maneira que Deus indicou que o Seu povo deva fazer. É uma ilusão pensar que estamos indo para o céu a menos que conheçamos algo do ensino divino na alma. Mas se conhecemos alguma coisa do ensino divino, sabemos o que é ser pobre e necessitado, sabemos o que é, em alguma medida, colocar a boca no pó. Porém, muitas pessoas confundem o caminho para o céu.
O modo comum é erguer uma escada para alcançar a terra e o céu, e subir progressivamente os diferentes degraus, finalmente subindo para a morada de Deus. Mas esse não é o caminho do povo de Deus. Eles têm que descer, descer e descer, para que sejam exaltados. Eles não “sobem, sobem, sobem”, a fim de escalar os muros do céu. Cada passo para cima no EU é, na realidade, apenas um passo para baixo; mas, por outro lado, cada passo para baixo no EU, para baixo nas profundezas da pobreza, para baixo na miséria perceptível, para baixo aflições da alma e nos verdadeiros gemidos de um coração quebrantado – todo passo desse tipo para baixo no EU é, de fato, um passo para cima em Cristo.
Até chegarmos ao fundo, não há promessa. Deus “levanta o pobre do pó”. Mas como? Ele faz isso em um momento. O Senhor não levanta o Seu povo degrau por degrau, permitindo-lhes escalar e engatinhar com as mãos e os pés em Sua direção. Mas, quando Ele levanta os pobres do pó, lhes dá um sorriso que chega, por assim dizer, até o fundo de seus corações; e esse sorriso tem um poder tão milagroso, uma eficácia tão atraente que os eleva em um momento do pó para o seio de Deus.
Quando, portanto, o Senhor levanta os pobres do pó, Ele não os levanta por um processo gradual, passo a passo, à medida que eles caem. Talvez isso demorasse muitos anos; mas eles são levantados em um momento. O Deus de toda graça, por uma palavra ou por um sorriso, levanta-os em um momento das profundezas mais baixas da degradação que sentem, “para o fazer assentar entre os príncipes, para o fazer herdar o trono de glória”.
Sobre o autor
J.C. Philpot
Joseph Charles Philpot (1802–1869) era conhecido como “o Separatista”. Foi um pastor, teólogo, escritor e editor. Ele se demitiu da Igreja da Inglaterra em 1835 e tornou-se um batista estrito e particular. Enquanto estava na Igreja da Inglaterra, foi um membro do Worchester College, em Oxford, e parecia ter uma carreira acadêmica brilhante. A carta que enviou para o reitor afirmando suas razões para deixar a Igreja da Inglaterra foi publicada e teve várias edições. Após isso ele se tornou um batista estrito e particular, e foi batizado por John Warburton em Allington (Wilts). O resto de sua vida foi gasto ministrando entre os batistas estritos. Por 26 anos, teve um pastorado conjunto em Stamford (Lines) e Oakham (Rutland). Além disso, por mais de 20 anos, foi editor de “The Gospel Standard”, onde muitos de seus sermões apareceram pela primeira vez.
“Meu desejo é exaltar a graça de Deus, proclamar a salvação através de Jesus Cristo somente; declarar a condição pecaminosa, miserável e desesperada do homem em seu estado natural; descrever a experiência vívida dos filhos de Deus em suas aflições, tentações, tristezas, consolações e bênçãos.” — J.C. Philpot