[Um Corpo de Teologia Prática, Livro 3 — Capítulo 1 • Editado]
Como a primeira Aliança, ou Testamento, tinha ordenanças de culto divino, as quais estão abaladas, removidas e abolidas; assim o Novo Testamento, ou dispensação do Evangelho, tem ordenanças de culto divino, que não podem ser abaladas, mas permanecerão até a segunda vinda de Cristo. “Estas”, como diz Agostinho [1], “são poucas; e fáceis de serem observadas, e de uma significação muito expressiva”. Entre as quais, o Batismo deve ser considerado uma, e é adequado que seja tratado, em primeiro lugar, pois ele não é uma ordenança da igreja, é uma ordenança de Deus, e uma parte e ramo da adoração pública.
Quando eu digo que não é uma ordenança da igreja, quero dizer que não é uma ordenança administrada na igreja, mas fora dela, e no intuito de admissão para ela, e comunhão com ela; é preparatória para ela, e uma qualificação para ela; o Batismo não faz de uma pessoa um membro de uma igreja, ou a admite em uma igreja visível; pessoas devem primeiramente ser batizadas, e depois adicionadas à igreja, como os três mil convertidos foram [Atos 2:41]; uma igreja não tem nada a ver com o Batismo de qualquer um, mas para ser satisfeito, eles são batizados antes de serem admitidos à comunhão com ela.
A admissão ao Batismo está apenas sob a autoridade do administrador, que é o único juiz qualificado para isso, e tem o poder exclusivo de recebê-lo ou de rejeitá-lo; se não satisfeito, ele pode rejeitar uma pessoa, considerada apropriada por uma igreja, e admitir uma pessoa para o Batismo que não é tida como apropriada por uma igreja; porém, um desacordo não é desejável nem recomendável.
A prescrição escriturística ordenada e regular do procedimento parece ser a seguinte: a pessoa inclinada a apresentar-se ao Batismo, e juntar-se em comunhão com a igreja, primeiro deve solicitar um administrador; e ao dar-lhe satisfação, ser batizada por ele; e, em seguida, deverá propor-se à comunhão da igreja; quando ela fosse capaz de responder a todas as perguntas adequadas, se solicitada, e dar a razão da esperança que está nela, ela está pronta para fazê-lo; se um testemunho de sua vida e conversão for requerido, se ninguém presente pode dá-lo, ela pode apontar pessoas que poderão dar este testemunho; e se for perguntado se ela é uma pessoa batizada ou não, tal pessoa pode responder de forma afirmativa, e dar provas disso, e assim, o caminho é claro para a sua admissão à comunhão da igreja. Assim Saulo, quando convertido, foi imediatamente batizado por Ananias, sem qualquer conhecimento prévio e consentimento da igreja; e, foi muitos dias depois disso que ele propôs juntar-se aos discípulos, e foi recebido (Atos 9:18, 19, 23, 26-28), assim é o Batismo nas águas, quanto ao que ele significa, eu irei,
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O Batismo é peculiar à dispensação do Evangelho, é uma ordenança permanente nela, e terá continuidade até a segunda vinda de Cristo.
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1. Primeiro, provar que é peculiar à dispensação do Evangelho, é uma ordenança permanente nela, e terá continuidade até a segunda vinda de Cristo. Isto é o oposto dos sentimentos de tais que dizem que o Batismo estava em uso antes dos tempos de João, de Cristo e de Seus apóstolos; e de tais que limitam o Batismo nas águas ao intervalo entre o início do ministério de João e a morte de Cristo, quando este deveria, com outros ritos externos, cessar; e tais, como os Socinianos [2], que pensam que apenas os primeiros convertidos ao Cristianismo em uma nação devem ser batizados, e seus filhos, mas não a sua seguinte posteridade.
Havia de fato várias lavagens, banhos ou batismos, sob a dispensação legal, para a purificação de pessoas e coisas impuras, por meio da lei cerimonial; que tinha uma doutrina em si, chamada de doutrina dos batistas, que ensinou a purificação do pecado pelo sangue de Cristo; mas não havia nada neles semelhante à ordenança do Batismo nas águas, senão apenas a imersão. Os judeus alegam que seus antepassados ??foram recebidos em aliança pelo Batismo, ou imersão, bem como pela circuncisão e sacrifício; e que os prosélitos do Paganismo foram recebidos da mesma maneira; e isso é avidamente agarrado pelos defensores do batismo infantil; estes imaginam que João, Cristo e Seus apóstolos, tomaram esse costume como eles o encontraram, e o continuaram, isto é o que eles imaginam em consideração ao silêncio sobre o assunto no Novo Testamento, e por que não há nem preceito para isso, nem exemplo disso, mas com certeza se isso estava em uso comum, como imaginam, embora nenhum novo preceito tenha sido dado, haveria precedentes suficientes para isso; mas nenhuma prova obtida naqueles tempos deve ser dada de tal prática, nem a partir do Antigo nem do Novo Testamentos; nem dos livros apócrifos escritos por judeus entre eles; nem de Josefo e Filo, o judeu, que escreveram um pouco depois dos tempos de João e Cristo; nem do Mishná judeu, ou livro de tradições. Apenas a partir de escritos posteriores aos deles, tarde demais para a prova disso antes daqueles tempos [3].
João foi o primeiro administrador da ordenança do Batismo, e por isso é chamado de “o Batista” (Mateus 3:1) por meio de ênfase; ao passo que, se tivesse sido de uso comum, teria havido muitos batizadores antes dele, que teriam uma reivindicação quanto a esse título; e por que as pessoas estariam tão alarmadas com ele, a ponto de vir de todas as partes para vê-lo administrando, e para ouvi-lo pregar, se quando isso tivesse sido de uso frequente, eles teriam muitas vezes o visto? E por que o Sinédrio judeu enviou sacerdotes e levitas de Jerusalém até João, para saber quem ele era, se o Messias, ou seu precursor, Elias ou o profeta falado e esperado? E quando ele confessou, e negou que ele era algum deles, eles disseram-lhe: “Por que batizas, pois?” [João 1:25], por que coisa e pelo que eles esperavam, parece que era algo novo, e que eles esperavam quando o Messias viesse, mas não antes; e que, em seguida, seria realizado por algum grande personagem, um ou outro dos mencionados antes; ao passo que, se tivesse sido realizado por um professor comum, rabino comum ou doutor, sacerdote ou levita, em épocas imemoriais, não poderia haver espaço para tal questão; e tivesse sido este o caso, não haveria nenhuma dificuldade para os judeus responderem à pergunta de nosso Senhor: “O Batismo de João era do céu ou dos homens?” [Lucas 20:4]. Ao que eles teriam respondido que isso era uma tradição deles, um costume em uso entre eles em tempos remotos, se este fosse o caso conhecido; nem teriam sido sujeitos de qualquer dilema: mas o Batismo de João não era um dispositivo de homens; mas o “conselho de Deus”, de acordo com a Sua vontade e sábia determinação (Lucas 7:30). João tinha uma missão e comissão de Deus, ele era um homem enviado da parte de Deus, e ordenado a batizar (João 1:6, 33), e seu batismo foi o Batismo nas águas, isso ele afirma, e os lugares que ele fez uso para este propósito demonstram isso, e ninguém o negará.
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Cristo foi batizado por João, e Seu Batismo foi certamente o Batismo Cristão, disso ninguém pode duvidar (Mateus 3:13-17), e os Seus discípulos também foram batizados por ele; pois, por quem mais seriam batizados? Não pelo próprio Cristo, pois Ele não batizou ninguém (João 4:2). O Batismo de João e o Batismo de Cristo e Seus apóstolos eram o mesmo e ocorreram no mesmo período; eles eram contemporâneos, e um não sucedeu o outro. Ora, não é razoável supor que deveria haver dois tipos de Batismo administrados ao mesmo tempo; mas um único e mesmo para ambos (João 3:22, 23, 26, 4:1-2).
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Agora, seu Batismo e o Batismo de Cristo e Seus apóstolos eram o mesmo. Cristo foi batizado por João, e Seu Batismo foi certamente o Batismo Cristão, disso ninguém pode duvidar (Mateus 3:13-17), e os Seus discípulos também foram batizados por ele; pois, por quem mais seriam batizados? Não pelo próprio Cristo, pois Ele não batizou ninguém (João 4:2). E é observável, que o Batismo de João e o Batismo de Cristo e Seus apóstolos ocorreram no mesmo período; eles eram contemporâneos, e um não sucedeu o outro. Ora, não é razoável supor que deveria haver dois tipos de Batismo administrados ao mesmo tempo; mas um único e mesmo para ambos (João 3:22, 23, 26, 4:1-2).
O Batismo de João e o Batismo que foi praticado pelos apóstolos de Cristo, mesmo depois de Sua morte e ressurreição dentre os mortos, concordavam,
1a. Nos sujeitos destes. Aqueles a quem João batizou eram pecadores penitentes, sensíveis, que estavam convencidos de seus pecados, e fizeram uma simples confissão deles; e de quem ele exigia “frutos dignos de arrependimento”, e que mostravam que isso era genuíno; e, portanto, o seu Batismo é chamado de “o batismo de arrependimento”, porque ele exigia isso anteriormente (Mateus 3:6-8; Marcos 1:4). Assim, os apóstolos de Cristo exortaram os homens a se arrependerem, a professarem o seu arrependimento, e dar provas disso, antes de seu Batismo (Atos 2:38). João disse ao povo que viessem ao seu Batismo: “dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo”, em que eles foram batizados em Seu nome (Atos 19:4-5), e a fé em Cristo foi feita um pré-requisito para o Batismo por Cristo e Seus apóstolos (Marcos 16:16; Atos 8:36-37).
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O Batismo de João era por imersão, como os locais escolhidos por ele para batizar mostram; e o Batismo de Cristo por ele é uma prova disso (Mateus 3:6, 16; João 3:23), e de igual maneira foi o Batismo realizado pelos apóstolos, como o do eunuco por Filipe (Atos 8:38-39).
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1b. Na maneira e forma de administração de ambos. O Batismo de João era por imersão, como os locais escolhidos por ele para batizar mostram; e o Batismo de Cristo por ele é uma prova disso (Mateus 3:6, 16; João 3:23), e de igual maneira foi o Batismo realizado pelos apóstolos, como o do eunuco por Filipe (Atos 8:38-39).
1c. Na forma da sua administração. João foi enviado por Deus para batizar; e em nome de quem ele deve batizar, senão em nome do único Deus verdadeiro, que o enviou, isto é, em nome de Deus, Pai, Filho e Espírito? A doutrina da Trindade era conhecida por João, como era pelos os judeus em comum; diz-se de ouvintes e discípulos de João que foram “batizados em nome do Senhor Jesus” (Atos 19:5). A mesma forma é usada no Batismo daqueles que foram batizados pelos apóstolos de Cristo (Atos 8:16; 10:48), que é apenas uma parte inserida no todo, e é suficientemente expressiva do Batismo Cristão, que deve ser realizado “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28:19).
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O Batismo de João, assim como o dos apóstolos, era mediante o arrependimento para a remissão dos pecados (Marcos 1:4, Atos 8:38), mas isso não significa que ou o arrependimento ou o Batismo obtenham o perdão do pecado, pois este perdão é obtido somente pelo sangue de Cristo.
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1d. Na finalidade e uso do Batismo. O Batismo de João, assim como o dos apóstolos, era mediante o arrependimento para a remissão dos pecados (Marcos 1:4; Atos 8:38), mas isso não significa que ou o arrependimento ou o Batismo obtenham o perdão do pecado, pois este perdão é obtido somente pelo sangue de Cristo; mas o Batismo é um meio de conduzir ao sangue de Cristo; e o arrependimento dá o incentivo para esperar por ele, através dele.
Agora, já que haja tal concordância entre o Batismo de João, administrado antes da morte de Cristo, e entre o Batismo dos apóstolos, administrado depois da morte, ressurreição e ascensão de Cristo, é um caso simples; o Batismo não se limitou ao intervalo de tempo desde o início do ministério de João até a morte de Cristo; mas foi depois continuado, é abundantemente evidenciado a partir da comissão de Cristo em Mateus 28:19: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os”, e que a água não seja mencionada, ainda assim ela está implícita quando o ato de Batismo é atribuído aos homens, pois é peculiar a Cristo o batizar com o Espírito Santo (Mateus 3:11; Atos 1:5), nem deu aos Seus apóstolos, nem a nenhum homem ou grupo de homens, uma comissão e poder para batizar com o Espírito; além disso, um aumento das graças do Espírito, e uma grande doação de Seus dons, são prometidos às pessoas depois do Batismo, e como distinto a ele (Atos 2:38).
Os apóstolos, sem dúvida, entenderam a comissão de Seu Senhor e Mestre para batizarem em água, uma vez que o praticaram desta forma; tal era o Batismo administrado por Filipe, que, depois de ter ensinado o eunuco essa mesma doutrina, quando chegaram a uma “certa água”, disse-lhe: “Eis aqui água; que impede que eu seja batizado?”, isto é, batizado em água; e quando Filipe havia observado a ele o grande requisito para o batismo em água, isto é, a fé em Cristo, a qual após ele imediatamente professar, o carro em que andavam foi ordenado a parar, ambos desceram à água, e Filipe o batizou; este foi certamente o Batismo em água; e assim foi aquele que Pedro ordenou ser administrado a Cornélio e seus amigos, após terem recebido o Espírito Santo, e assim por um Batismo diferente deste. “Pode alguém porventura recusar a água, para que não sejam batizados estes?” (Atos 8:36, 38, 39, 10:47-48).
E isso foi projetado para ser continuado até o fim do mundo, até a segunda vinda de Cristo; como a ordenança da Ceia do Senhor deve ser mantida neste tempo, a ordenança do Batismo nas águas deve ser continuada tanto quanto; portanto, diz Cristo, para incentivar os Seus ministros a pregarem o Seu Evangelho, e para batizarem em Seu nome: “e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém” (Mateus 28:19-20).
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O Batismo não é um dispositivo de homens, mas uma ordenança de Deus; é uma parte solene do culto Divino, sendo realizado em nome das três Divinas Pessoas na Deidade: Pai, Filho e Espírito Santo, e por Sua autoridade; no qual o nome de Deus é invocado, a fé nEle é expressa, e um homem entrega-se a Deus, obriga-se a prestar obediência a Ele, esperando todas as coisas boas dEle.
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2. Em segundo lugar, a seguir, considerarei o autor do mesmo; e mostrarei que isso não é um dispositivo de homens, mas uma ordenança de Deus; é uma parte solene do culto Divino, sendo realizado em nome das três Divinas Pessoas na Deidade: Pai, Filho e Espírito Santo, e por Sua autoridade; no qual o nome de Deus é invocado, a fé nEle é expressa, e um homem entrega-se a Deus, obriga-se a prestar obediência a Ele, esperando todas as coisas boas dEle.
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Agora, para um ato de adoração religiosa deve haver uma prescrição de Deus. Deus é um Deus zeloso, e não sofrerá que qualquer coisa seja admitida na adoração a Ele, senão o que for de acordo com a Sua Palavra e vontade; se não for ordenado por Ele, pode justamente ser dito: “quem requereu isto de vossas mãos” [Isaías 1:12]. Uma ordem de homens não é suficiente; nenhum homem na terra deve ser chamado de mestre; um é o nosso Mestre no Céu, e só a Ele devemos obedecer. Se os mandamentos de homens são ensinados como doutrinas, em vão o Senhor é adorado.
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Agora, para um ato de adoração religiosa deve haver uma prescrição de Deus. Deus é um Deus zeloso, e não sofrerá que qualquer coisa seja admitida na adoração a Ele, senão o que for de acordo com a Sua Palavra e vontade; se não for ordenado por Ele, pode justamente ser dito: “quem requereu isto de vossas mãos” [Isaías 1:12], e irá ressentir-Se disso. Uma ordem de homens não é suficiente; nenhum homem na terra deve ser chamado de mestre; um é o nosso Mestre no Céu, e só a Ele devemos obedecer. Se os mandamentos de homens são ensinados como doutrinas, em vão o Senhor é adorado; o que é feito de acordo com eles é superstição e culto que brota de suas próprias vontades.
De fato, da maneira que o “Batismo” é agora comumente praticado, é uma mera invenção de homens, todo ele corrompido e modificado; em vez de homens espirituais racionais serem os sujeitos do Batismo, crianças, que não têm nem o uso da razão, nem o exercício da graça, são admitidos a ele; e em vez de imersão em água, e emersão dela, um emblema muito expressivo dos sofrimentos de Cristo, da Sua morte, sepultamento e ressurreição dentre os mortos; a aspersão de algumas gotas de água sobre a face é introduzida; com uma série de ritos e cerimônias tolas utilizadas pelos Romanistas, e alguns de seus usos são mantidos por alguns Protestantes; como padrinhos, ou fiadores para as crianças, bem como as assinalações com o sinal da cruz.
Em suma, a forma da ordenança é tão alterada, que, se os apóstolos ressuscitassem dentre os mortos e a vissem como agora é realizada, eles mesmos não a reconheceriam como sendo a ordenança que Cristo lhes ordenara, e a que foi praticada por eles.
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De fato, da maneira que o “Batismo” é agora comumente praticado, é uma mera invenção de homens, todo ele corrompido e modificado. Em vez de homens espirituais racionais serem os sujeitos do Batismo, crianças, que não têm nem o uso da razão, nem o exercício da graça, são admitidos a ele; e em vez de imersão em água, e emersão dela, um emblema muito expressivo dos sofrimentos de Cristo, da Sua morte, sepultamento e ressurreição dentre os mortos; a aspersão de algumas gotas de água sobre a face é introduzida; com uma série de ritos e cerimônias tolas utilizadas pelos Romanistas, e alguns de seus usos são mantidos por alguns Protestantes; como padrinhos, ou fiadores para as crianças, bem como as assinalações com o sinal da cruz. Em suma, a forma da ordenança é tão alterada, que, se os apóstolos ressuscitassem dentre os mortos e a vissem como agora é realizada, eles mesmos não a reconheceriam como sendo a ordenança que Cristo lhes ordenara, e a que foi praticada por eles.
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Todavia, uma vez que é administrado de acordo com o padrão, e como primeiramente foi entregue, parece ser de uma origem celeste: o “conselho de Deus”, uma sábia indicação Sua, e algo em que todas as Três Pessoas têm uma participação; elas todas apareceram no Batismo de Cristo, e deram uma sanção para a ordenança com a Sua presença; o Pai por uma voz do céu, dizendo: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” [Mateus 3:17], como em Sua pessoa, assim neste Seu ato; em submeter-Se à ordenança do Batismo, o Filho em natureza humana, prestou obediência a isso; e o Espírito descendo sobre Ele como uma pomba. O Batismo é ordenado a ser administrado em nome de todos os Três, Pai, Filho e Espírito. O que, dentre outras coisas, é expressivo da autoridade Divina, em que o Batismo é realizado.
Cristo recebeu de Deus Pai honra e glória, como em Sua transfiguração, assim em Seu Batismo, pela voz do céu, confessando Sua relação com Ele, como o Seu Filho, e expressando o Seu comprazimento nEle, tão obediente à Sua vontade; o Filho de Deus, em natureza humana, deixou um exemplo, de modo que devemos seguir as Suas pisadas. Embora Ele mesmo não batizou ninguém, ainda assim Ele o aprovou em Seus discípulos e deu-lhes ordens para fazê-lo; ordens as quais foram repetidas, e uma renovada comissão foi dada para o mesmo depois de Sua ressurreição dentre os mortos, e o Espírito de Deus mostrou Sua aprovação do mesmo, por Sua descida sobre Cristo em Seu Batismo; e Sua autoridade, por isso o Batismo deve ser administração em Seu nome, como em o nome das outras duas Pessoas; de modo que isso deve ser considerado, não como uma instituição de homens, mas como uma ordenação de Deus; como uma parte da justiça a ser cumprida, um ramo da vontade do justo Deus, a ser observado em obediência a Ele.
3. Em terceiro lugar, os sujeitos do Batismo, a seguir, serão investigados; quem eles são, ou a quem o Batismo deve ser administrado, e de acordo com as instâncias e exemplos da Escritura, eles são os tais que,
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Os sujeitos do Batismo são aqueles que foram iluminadas pelo Espírito de Deus para que vejam o seu estado de perdição por natureza, a excessiva malignidade do pecado e Cristo como o único Salvador dos pecadores; que olham para Ele e são salvos; e apenas os tais podem ver a finalidade da ordenança, que é a de representar os sofrimentos e morte, sepultamento e ressurreição de Cristo.
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3a. São iluminados pelo Espírito de Deus para que vejam o seu estado de perdição por natureza, a excessiva malignidade do pecado e Cristo como o único Salvador dos pecadores; que olham para Ele e são salvos; e apenas os tais podem ver a finalidade da ordenança, que é a de representar os sofrimentos e morte, sepultamento e ressurreição de Cristo; por isso, o Batismo era chamado pelos antigos de φωτισμος, “iluminação”, e as pessoas batizadas de φωτιζομενοι, “iluminados”; e as versões Siríaca e Etíope de Hebreus 6:4 traduzem a palavra “iluminado” por batizado; um emblema disso foi a abertura dos olhos de Saulo, como se fossem escamas; significando sua antiga cegueira, ignorância e incredulidade, que agora foram removidas e após isso ele se levantou e foi batizado (Atos 9:18).
3b. Pessoas penitentes; tais que, tendo visto a natureza maligna do pecado, arrependem-se dele e o reconhecem; tais foram os primeiros que foram batizados por João, de forma que lemos: “E eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados” (Mateus 3:6) sendo feitos sensíveis a eles, simplesmente os confessavam; e tais foram os primeiros que foram batizados depois que Cristo havia renovado a comissão aos discípulos, após a Sua ressurreição, para ensinar e batizar, tais que foram compungidos no coração, foram exortados a professar arrependimento e dar provas disso, e, em seguida, foram batizados, como eles foram (Atos 2:37, 38, 41), e é lamentável que esses primeiros exemplos de Batismo não foram rigorosamente seguidos.
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Os sujeitos do Batismo são pessoas penitentes; tais que, tendo visto a natureza maligna do pecado, arrependem-se dele e o reconhecem; tais foram os primeiros que foram batizados por João, de forma que lemos: “E eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados” (Mateus 3:6)… e é lamentável que esses primeiros exemplos de Batismo não foram rigorosamente seguidos… A fé em Cristo é um pré-requisito para o Batismo (Marcos 16:16), isso é evidente a partir do caso do eunuco, desejando o Batismo, a quem Filipe disse: “É lícito, se crês de todo o coração” [Atos 8:37], pelo que evidencia-se que se ele não cresse, ele não teria o direito à ordenança; mas se cresse teria o direito de ser batizado; assim que ele professou sua fé em Cristo, sobre essa profissão, foi batizado (Atos 8:36)… e sem fé é impossível agradar a Deus, em qualquer ordenança ou parte do culto; e o que não é por fé é pecado [Romanos 14]; e sem ela ninguém pode ver a finalidade da ordenança do Batismo, como antes observado.
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3c. A fé em Cristo é um pré-requisito para o Batismo (Marcos 16:16), isso é evidente a partir do caso do eunuco, desejando o Batismo, a quem Filipe disse: “É lícito, se crês de todo o coração” [Atos 8:37], pelo que evidencia-se que se ele não cresse, ele não teria o direito à ordenança; mas se cresse teria o direito de ser batizado; assim que ele professou sua fé em Cristo, sobre essa profissão, foi batizado (Atos 8:36), e os vários casos de Batismo registrados nas Escrituras, confirmam o mesmo; como os dos habitantes de Samaria, que, ao crerem em Cristo “foram batizados, tanto homens quanto mulheres”, assim os Coríntios, “ouviram” a palavra pregada pelo apóstolo Paulo, “creram” em Cristo, a quem ele pregava “e foram batizados”, sobre sua fé nEle (Atos 8:12; 18:8), e sem fé é impossível agradar a Deus, em qualquer ordenança ou parte do culto; e o que não é por fé é pecado [Romanos 14]; e sem ela ninguém pode ver a finalidade da ordenança do Batismo, como antes observado.
3d. Aqueles que são ensinados e feitos discípulos por meio do ensino são os sujeitos apropriados do Batismo e conformados ??tanto à prática de Cristo quanto à Sua comissão; é dito: “fazia e batizava mais discípulos do que João” (João 4:1), Ele primeiro fez discípulos e, em seguida, os batizou, ou seja, ordenou aos Seus apóstolos que os batizassem; isto é, comissionou os Seus apóstolos a batizá-los: “fazei discípulos de todas as nações, batizando-os” [Mateus 28:19], isto é, aqueles que são ensinados, e assim feitos discípulos; e eles são os discípulos de Cristo, que aprenderam a conhecê-lO, e são ensinados a negar seus pecados, justiça própria e o “eu” por causa dEle, e a tomarem a cruz e a segui-lO.
3e. Aqueles que receberam o Espírito de Deus, como Espírito de iluminação e convicção, de santificação e de fé, como as pessoas antes descritas podem bem ser consideradas tê-lo, devem ser admitidas ao Batismo (Atos 10:47; veja Gálatas 3:2), a partir de tudo o que isso evidencia, que os tais que são ignorantes das coisas Divinas, impenitentes, incrédulos e não discípulos e nem seguidores de Cristo, e que estão destituídos do Espírito, não são sujeitos apropriados ao Batismo, deixe suas pretensões de primogenitura serem o que desejarem; e assim, nem os filhos de ninguém, sejam eles nascidos de quem for; e a quem, de modo algum, as características descritivas dos sujeitos do Batismo citadas acima pertencem; em relação ao seu primeiro nascimento, embora nascidos de pais crentes, eles são carnais e corruptos, e filhos da ira, como os outros: “O que é nascido da carne é carne”, e eles devem nascer de novo, ou eles não verão, possuirão e gozarão o reino de Deus, ou terão o direito de serem admitidos na igreja de Deus. Agora, nem eles entrarão no reino de Deus, no céu, posteriormente, a menos que nasçam de novo; seu primeiro e carnal nascimento não lhes dá direito ao reino de Deus na terra, nem ao reino de Deus no céu, seja isso tomado em qualquer sentido; pois, o Batismo dos tais não tem nem preceito nem precedentes na Palavra de Deus.
3e1. Em primeiro lugar, não há nenhum preceito para o batismo de bebês; nem as palavras de Cristo em Mateus 19:14 “Deixai os meninos”, etc. Pois,
3e1a. Sejam as palavras ditas a quem ou a que elas se refiram, elas não estão na forma de um preceito, mas de uma permissão ou concessão, e significam não o que foi imposto como necessário, mas o que foi permitido, ou o que poderia ocorrer: “Deixai os meninos”, e etc.
3e1b. Estas crianças não parecem ser crianças recém-nascidas. As palavras usadas pelos evangelistas: παιδια e βρεφη, nem sempre significam os tais; mas às vezes são usadas ??para aqueles que são capazes de irem sozinhos, e de serem instruídos, e de compreenderem as Escrituras, e até mesmo alguém de doze anos de idade (Mateus 18:2; 2 Timóteo 3:15; Marcos 5:39, 42). Também não é provável que as crianças recém-nascidas houvessem se aproximado; além disso, estes eram aqueles a quem Cristo chamou (Lucas 18:16) e foram capazes de se chegarem a Ele por si mesmos, como se supõe nas próprias palavras; nem eles foram trazidos a Ele, nem Ele os tomou em seus braços, nenhuma objeção há para isso, já que é dito dos mesmos que podiam andar por si próprios (Mateus 12:22, 17:16; Marcos 9:36).
3e1c. Não pode ser dito de quem eram as crianças; se elas pertenciam àqueles a quem as trouxeram, ou a outros; e se filhos de crentes e de pessoas batizadas, ou não; ou se eram filhos de descrentes, e de pessoas não batizadas; os próprios Pedobatistas não admitiriam que essas crianças fossem batizadas.
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É certo que as crianças não foram levadas a Cristo para serem batizadas por Ele, mas para outros fins; o evangelista Mateus, em Mateus 19:13, 15 diz que elas foram trazidas a Ele para que Ele “sobre elas pusesse as mãos, e orasse”, como Ele o fez, isto é, para abençoá-las; como era de costume dos judeus fazer (Gênesis 48:14, 15)… Essas não foram trazidas para serem batizadas por Cristo; pois Cristo não batizou ninguém, nem adultos nem crianças. Se elas tivessem sido trazidas com este intuito, teriam apresentando as crianças aos discípulos de Cristo, a quem eles poderiam ter visto administrar a ordenança do Batismo, mas não ao próprio Cristo; é certo que não foram batizadas por Cristo, já que Ele nunca batizou alguém.
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3e1d. É certo que não foram levadas a Cristo para serem batizadas por Ele, mas para outros fins; o evangelista Mateus, em Mateus 19:13, 15 diz que elas foram trazidas a Ele para que Ele “sobre elas pusesse as mãos, e orasse”, como Ele o fez, isto é, para abençoá-las; como era de costume dos judeus fazer (Gênesis 48:14-15). Os evangelistas Marcos e Lucas dizem, que os meninos foram trazidos a Ele “para que sobre eles pusesse as mãos”, como Ele fez quando curou pessoas de enfermidades; e, provavelmente, essas crianças estavam doentes e foram trazidas a Ele para serem curadas; no entanto, elas não foram trazidas para serem batizadas por Cristo; pois Cristo não batizou ninguém, nem adultos nem crianças. Se elas tivessem sido trazidas com este intuito, teriam apresentando as crianças aos discípulos de Cristo, a quem eles poderiam ter visto administrar a ordenança do Batismo, mas não ao próprio Cristo; no entanto, é certo que não foram batizadas por Cristo, já que Ele nunca batizou alguém.
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A passagem em que as crianças foram abençoados por Jesus, é, antes, contrária ao Pedobatismo, e mostra que esta prática não era realizada entre os judeus, e não fora utilizada por João, nem por Cristo e nem por Seus discípulos; pois, então, os apóstolos dificilmente teriam proibido que essas crianças fossem trazidas, uma vez que poderiam facilmente supor que elas estavam sendo trazidas para serem batizadas; mas desconhecendo tal prática na nação, quer dos que criam ou dos que não criam em Cristo, proibiram que as crianças fossem trazidas; e o silêncio de Cristo sobre este assunto, quando Ele teve essa oportunidade de falar sobre batismo infantil aos Seus discípulos e dá-lhes ordens quanto a ele, se isso fosse de Sua vontade, parece mostrar que Ele não era favorável a prática… A razão dada para a permissão para que as crianças venham a Cristo é, “porque dos tais é o reino dos céus”, e deve ser entendida em sentido figurado e metafórico; de tais que são comparáveis às crianças em modéstia, mansidão e humildade, e pela ausência de rancor, maldade, ambição e orgulho (veja Mateus 18:2), e tal sentido é dado por Orígenes entre os antigos e por Calvino e Brugensis entre os modernos.
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3e1e. Esta passagem, é, antes, contrária ao Pedobatismo, e mostra que esta prática não era realizada entre os judeus, e não fora utilizada por João, nem por Cristo e nem por Seus discípulos; pois, então, os apóstolos dificilmente teriam proibido que essas crianças fossem trazidas, uma vez que poderiam facilmente supor que elas estavam sendo trazidas para serem batizadas; mas desconhecendo tal prática na nação, quer dos que criam ou dos que não criam em Cristo, proibiram que as crianças fossem trazidas; e o silêncio de Cristo sobre este assunto, quando Ele teve essa oportunidade de falar sobre batismo infantil aos Seus discípulos e dá-lhes ordens quanto a ele, se isso fosse de Sua vontade, parece mostrar que Ele não era favorável a prática.
3e1f. A razão dada para a permissão para que as crianças venham a Cristo é, “porque dos tais é o reino dos céus”, e deve ser entendida em sentido figurado e metafórico; de tais que são comparáveis ??às crianças em modéstia, mansidão e humildade, e pela ausência de rancor, maldade, ambição e orgulho (veja Mateus 18:2), e tal sentido é dado por Orígenes [4] entre os antigos e por Calvino e Brugensis entre os modernos.
A comissão em Mateus 28:19 também não contém qualquer preceito nela para o batismo infantil: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os” e etc.
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A comissão em Mateus 28:19 também não contém qualquer preceito nela para o batismo infantil: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os”. O batismo de todas as nações não está aqui ordenado, mas apenas o batismo dos tais que são ensinados, pois o antecedente do pronome relativo “os”, não pode ser “todas as nações”, uma vez que as palavras παντα τα εθνη, “todas as nações”, são do gênero neutro; enquanto αυτους, “eles”, é do gênero masculino; mas μαθευτας, “discípulos”, é suposto e compreendido na palavra μαθητευσατε, “ensinar”, ou “fazer discípulos”; agora, o mandamento é para que aqueles que são primeiramente ensinados ou feitos discípulos, pelo ensino, sob o ministério da Palavra, sendo ajudados pelo Espírito de Deus, devem ser batizados.
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3e1f1. O batismo de todas as nações não está aqui ordenado, mas apenas o batismo dos tais que são ensinados, pois o antecedente do pronome relativo “os”, não pode ser “todas as nações”, uma vez que as palavras παντα τα εθνη, “todas as nações”, são do gênero neutro; enquanto αυτους, “eles”, é do gênero masculino; mas μαθευτας, “discípulos”, é suposto e compreendido na palavra μαθητευσατε, “ensinar”, ou “fazer discípulos”; agora, o mandamento é para que aqueles que são primeiramente ensinados ou feitos discípulos, pelo ensino, sob o ministério da Palavra, sendo ajudados pelo Espírito de Deus, devem ser batizados.
3e1f2. Se as crianças, por fazerem parte de todas as nações, devem ser batizadas, então os filhos de Pagãos, Turcos e judeus devem ser batizados, uma vez que eles também fazem, e uma grande parte, de todas as nações; bem como os filhos de Cristãos ou crentes, que são apenas uma pequena parte; sim, cada pessoa no mundo deve ser batizada, todos os adultos e pagãos assim como os Cristãos; mesmo os mais perdulários e depravados da humanidade, uma vez que eles fazem parte “de todas as nações”.
3e1f3. Os discípulos de Cristo são aqueles que aprenderam a conhecer a Cristo, e o caminho da salvação por Ele, e a conhecer a si mesmos, e sua necessidade dEle, estas são características que não podem combinar com crianças; e se os discípulos e aqueles que devem ser ensinados são os mesmos, como se diz, eles devem ser ensinados ou eles não podem ser discípulos. E eles não podem ser discípulos de Cristo a menos que tenham aprendido alguma coisa dEle; e de acordo com esta noção de discípulos e ensinados, eles devem aprender alguma coisa com Ele, antes de serem batizados em Seu nome.
Porém, qual bebê pode ser ensinado a fim de aprender sobre Cristo? Para provar a legitimidade dos discípulos infantis este texto é geralmente citado: Atos 15:10, o que pende mui escassamente para prová-lo; pois, bebês não são projetados nesta passagem, nem incluídas nas características; pois, mesmo que os professos judaizantes quisessem que os gentios e seus filhos também fossem circuncidados; ainda assim, não era a circuncisão, a coisa em si, o que é significado como jugo intolerável; pois isso foi o que os pais judeus e seus filhos foram capazes de suportar, e sustentaram em épocas passadas; mas estavam se referindo à doutrina da necessidade da circuncisão, e outros ritos mosaicos, para a salvação; e obrigados a guardarem toda a Lei, e isso era intolerável; e esta doutrina não poderia ser imposta a crianças, mas apenas sobre pessoas adultas.
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Estes dois atos: ensinar ou fazer discípulos, e batizar, não devem ser confundidos, mas são dois atos distintos, e um é anterior e absolutamente necessário para o outro. Os homens devem primeiro ser discípulos, e depois batizados; assim Jerônimo há muito tempo compreendeu a comissão, pelo que ele observa: “Primeiro eles ensinam a todas as nações, em seguida, imergem os que são ensinados em água, pois não pode ser que o corpo receba o sacramento do batismo, a menos que a alma tenha recebido antes a verdade da fé”. E assim, diz Atanásio: “Portanto, o Salvador não simplesmente ordena a batizar; mas primeiro diz: ‘ensinem’, e depois: ‘batizem’ e isto ‘em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo’; de forma que a fé possa vir do ensino, e o batismo ser aperfeiçoado”.
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3e1f4. Estes dois atos: ensinar ou fazer discípulos, e batizar, não devem ser confundidos, mas são dois atos distintos, e um é anterior e absolutamente necessário para o outro. Os homens devem primeiro ser discípulos, e depois batizados; assim Jerônimo [5] há muito tempo compreendeu a comissão, pelo que ele observa: “Primeiro eles ensinam a todas as nações, em seguida, imergem os que são ensinados em água, pois não pode ser que o corpo receba o sacramento do batismo, a menos que a alma tenha recebido antes a verdade da fé”. E assim, diz Atanásio [6]: “Portanto, o Salvador não simplesmente ordena a batizar; mas primeiro diz: ‘ensinem’, e depois: ‘batizem’ e isto ‘em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo’; de forma que a fé possa vir do ensino, e o batismo ser aperfeiçoado”.
3e2. Em segundo lugar, não há nenhum precedente para o batismo de infantes na Palavra de Deus. Entre o grande número dos que se reuniram para o Batismo de João de todas as partes, não lemos sobre nenhum bebê que foi trazido com eles para este propósito, ou que foi batizado por ele. E, embora mais tenham sido batizados por Cristo do que por João, isto é, pelos apóstolos de Cristo, à Sua ordem, ainda assim, não há nenhuma menção de qualquer criança batizada por eles; e apesar de que três mil pessoas foram batizadas de uma vez, ainda assim, nenhuma criança entre eles, e em todos os relatos de Batismo em Atos dos Apóstolos, em diferentes partes do mundo, e nenhuma única instância de batismo infantil é dada.
Há, de fato, a menção feita de casas, ou famílias, batizadas; em relação às quais os “Pedobatistas” esforçam-se para se beneficiarem; mas eles devem ter certeza de que havia crianças dessas famílias, e que elas foram batizadas, ou então eles devem batizá-las sob um fundamento muito precário. Uma vez que existem famílias que não têm crianças nelas, e como eles podem ter certeza que havia alguma nestas que as Escrituras falam?
Assim cabe a eles provar que havia crianças nelas, e que estas crianças foram batizadas; ou a alegação de uma dessas passagens não possui nenhum propósito.
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Nós somos capazes de provar que há muitas coisas no relato sobre essas famílias, que são incompatíveis com crianças, e que fazem menos provável que houvesse crianças nelas, e que também assegura que aqueles que foram batizados eram pessoas adultas e crentes em Cristo.
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Nós somos capazes de provar que há muitas coisas no relato sobre essas famílias, que são incompatíveis com crianças, e que fazem menos provável que houvesse crianças nelas, e que também assegura que aqueles que foram batizados eram pessoas adultas e crentes em Cristo.
Há apenas três famílias entre tantas que são geralmente mencionadas. A primeira passagem é a de Lídia e sua família (Atos 16:14-15), mas em que estado de vida ela estava não é certo, se solteira ou casada, se moça, viúva ou esposa; e se ela era casada, se tinha algum filho, ou se alguma vez já havia tido algum; e se ela tivesse filhos, e eles estivessem vivos, se eram crianças ou adultos; e se crianças, não parece provável que ela deveria trazê-los com ela a partir de seu lugar de origem, isto é, de Tiatira para Filipos, onde ela parece ter estado por motivo de negócios, e assim havia alugado uma casa durante a sua estadia ali.
Portanto a “casa de Lídia” parece ter consistido de empregados domésticos, os quais ela trouxe junto de si, para ajudá-la em seu negócio, e certo é que aqueles que os apóstolos encontraram em sua casa, quando entraram nela, depois que saíram da prisão, eram tais que são chamados de “irmãos”, e foram capazes de ser “confortados” por eles [Atos 16:40]; o que supõe que os da casa de Lídia tenham estado em alguma aflição e angustia, e precisavam de consolo.
A segunda instância é do carcereiro e sua família, que consistia em pessoas adultas, e dos tais somente; pois os apóstolos pregaram a palavra do Senhor para “todos” que estavam em sua casa, de forma que eles foram capazes de ouvir, e isso se assemelha à compreensão, pois não apenas ele “se alegrou” com a boa notícia da salvação por Cristo, mas “todos” em sua casa ouvindo isso, alegraram-se com a mesma. Este júbilo deles era a alegria da fé; pois ele e os dele eram crentes em Deus, Pai, Filho e Espírito; por isso é dito expressamente, que “regozijaram, crendo em Deus com toda a sua casa”, de modo que eles não eram apenas ouvintes da Palavra, mas alegraram-se com ela, e creram nela, e em Deus, o Salvador, revelado nela para eles (Atos 16:32-34), tudo isso mostra que eles eram pessoas adultas, e não bebês.
O terceiro exemplo, se distinto da casa do carcereiro, posto que alguns consideram ser a mesma pessoa, é a de Estéfanas; mas seja este alguém diferente, é certo que consistia em pessoas adultas, crentes em Cristo, e muito úteis a serviço da Religião; eles foram os primeiros frutos da Acaia, os primeiros convertidos naquela região, e “que se tem dedicado ao ministério dos santos” (1 Coríntios 16:15) o que se entendido como o ministério da Palavra aos santos, ao qual eles se entregaram, ou o ministério de seu suprimento para com os pobres, com os quais eles alegremente se comunicaram, eles deviam ser pessoas adultas e não bebês.
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Não havendo, então, nem preceito nem precedente na Palavra de Deus para o batismo de bebês, este pode ser justamente condenado como anti-bíblico e injustificável.
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Não havendo, então, nem preceito nem precedente na Palavra de Deus para o batismo de bebês, este pode ser justamente condenado como anti-bíblico e injustificável.
3e3. Em terceiro lugar, nem o batismo infantil deve ser concluído a partir de quaisquer coisas ou passagens registradas tanto no Antigo ou no Novo Testamento. O Batismo, sendo uma ordenança peculiar ao Novo Testamento, não se esperaria que houvesse quaisquer indicações sobre a observância dele no Antigo Testamento; e tudo o que pode ser reunido em relação a ele, a partir de batismos típicos e figurativos, sob a dispensação anterior, não há nada dali em favor, ou em tolerância, do batismo de bebês; e ainda assim nós somos muitas vezes direcionados a isso como a origem e fundamento dele, mas sem nenhum propósito.
3e3a. Não é verdade, como tem sido afirmado [7], que os “filhos dos crentes” têm, com os seus pais, sido inseridos no pacto com Deus nas antigas eras da igreja, se por pacto se quisesse dizer o Pacto da Graça.
O primeiro pacto feito com o homem, foi o de obras, feito com Adão, e que de fato incluía toda a sua posteridade, a quem ele se manteve como uma cabeça federal, como ninguém jamais o fez desde a sua descendência natural; no qual eles todos pecaram, foram condenados e morreram; o que certamente não pode ser evocado em favor dos filhos dos crentes! Depois da Queda, o Pacto da Graça, e o modo de vida e salvação por Cristo, foram revelados a Adão e Eva, pessoalmente, como interessados nela; mas não para a sua descendência8 natural e posteridade, como participantes dele; pois, senão, toda a humanidade seria inserida no Pacto da Graça, e assim, não há nada peculiar aos filhos dos crentes; sobre os quais nem mínima sílaba é mencionada em toda a era da Igreja, desde Adão a Noé.
A próximo pacto do qual lemos é o que foi feito com Noé, a qual não foi feito apenas com ele e sua descendência imediata; nem foram inseridos como filhos de crentes, nem havia qualquer sacramento ou rito como um sinal deste, e de Deus ser o seu Deus em uma relação peculiar. Certamente isso não será dito de Cam, um dos filhos imediatos de Noé. Esse pacto foi feito com Noé, e com toda a humanidade até o fim do mundo, e mesmo com todos os seres vivos, os animais do campo, prometendo segurança de um dilúvio universal, de forma que o mundo permanecesse; e por isso não tinha nada nisso peculiar aos filhos dos crentes.
O próximo pacto é aquele feito com Abraão e à sua descendência, na qual grande ênfase é colocada (Gênesis 17:10-14), e isso é dito [8] ser o “grande ponto de viragem, em que a questão da controvérsia muitíssimo depende, e que se a aliança de Abraão, que incluía seus filhinhos, e deu-lhes o direito de circuncisão, não era o Pacto da Graça; logo, é, pois, confessado que o “principal fundamento” é tirado, em que “o direito das crianças ao batismo” é afirmado; e, consequentemente, os principais argumentos a favor da doutrina são derrubados”.
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Ora, que o pacto de Abraão não era o puro Pacto da Graça, em distinção ao pacto de obras, mas sim um pacto de obras, em breve será provado, e se assim for, então o principal fundamento do batismo de infantes é removido, e seus principais argumentos a favor dele serão derrubados.
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Agora que este pacto não era o puro Pacto da Graça, em distinção ao pacto de obras, mas sim um pacto de obras, em breve será provado, e se assim for, então o principal fundamento do batismo de infantes é removido, e seus principais argumentos a favor dele serão derrubados, e que este não é o Pacto da Graça é evidente,
3e3a1. Por ele nunca ter sido chamado por qualquer nome que mostre que ele é o Pacto da Graça; mas de “a aliança da circuncisão” (Atos 7:8). Agora nada é mais oposto um ao outro do que a circuncisão e a graça; a circuncisão é uma obra da Lei, pela qual os que procuraram ser justificados caíram da graça (Gálatas 5:2-4). Nem esta aliança pode ser a mesma sob a qual agora estamos, que é uma Nova Aliança, ou uma nova administração do Pacto da Graça, já que a aliança da circuncisão está abolida, e não mais possui existência ou força.
3e3a2. Ele parece ser um pacto de obras, e não da graça; uma vez que deveria ser mantido por homens, sob uma severa penalidade. Abraão deveria mantê-la, e a sua descendência depois dele; algo deveria ser feito por eles, a sua carne ser circuncidada, e uma penalidade foi anexada, em caso de desobediência ou negligência; tal alma deveria ser extirpada do Seu povo; tudo isso mostra que ela é não uma aliança da graça, mas de obras.
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Ora, que o pacto de Abraão não era o puro Pacto da Graça, pois ele nunca foi chamado por qualquer nome que mostre que ele é o Pacto da Graça; mas de “a aliança da circuncisão” (Atos 7:8). Ora, nada é mais oposto um ao outro do que a circuncisão e a graça; a circuncisão é uma obra da Lei, pela qual os que procuraram ser justificados caíram da graça (Gálatas 5:2-4). Nem esta aliança pode ser a mesma sob a qual agora estamos, que é uma Nova Aliança, ou uma nova administração do Pacto da Graça, já que a aliança da circuncisão está abolida, e não mais possui existência ou força… É evidente que a aliança da circuncisão era uma aliança que podia ser quebrada, pois do incircunciso é dito: “quebrou a minha aliança” (Gênesis 17:14), enquanto que a Aliança da Graça não pode ser quebrada; Deus não a quebrará, e os homens não podem quebrá-la; é ordenada em todas as coisas, e segura, e é mais imutável do que colinas e montanhas (Salmos 89:34).
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3e3a3. É evidente que a aliança da circuncisão era uma aliança que podia ser quebrada, pois do incircunciso é dito: “quebrou a minha aliança” (Gênesis 17:14), enquanto que a Aliança da Graça não pode ser quebrada; Deus não a quebrará, e os homens não podem quebrá-la; é ordenada em todas as coisas, e segura, e é mais imutável do que colinas e montanhas (Salmos 89:34).
3e3a4. É certo que havia coisas na aliança da circuncisão de natureza civil e temporal; como uma multiplicação da semente natural de Abraão, e uma raça de reis que procederiam dele; uma promessa dele ser o pai de muitas nações, e a posse da terra de Canaã, por meio de sua semente; coisas que não podem ter lugar no puro Pacto da Graça e não têm nada a ver com ele, mais do que a mudança de seu nome de Abrão para Abraão.
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Havia algumas pessoas incluídas na aliança da circuncisão, que não podem ser pensadas como pertencentes ao Pacto da Graça, como, por exemplo, Ismael, que não pertencia à mesma Aliança que Isaque, e um profano Esaú. E por outro lado, havia alguns que estavam vivendo na mesma época em que este pacto da circuncisão foi feito, e ainda ficaram de fora dele; mas, que, sem dúvida, estavam no Pacto da Graça, pessoas tais como Sem, Arfaxade, Melquisedeque, Ló e outros; portanto esta aliança nunca podia ter sido o puro Pacto da Graça.
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3e3a5. Havia algumas pessoas incluídas na aliança da circuncisão, que não podem ser pensadas como pertencentes ao Pacto da Graça, como, por exemplo, Ismael, que não pertencia à mesma Aliança que Isaque, e um profano Esaú. E por outro lado, havia alguns que estavam vivendo na mesma época em que este pacto da circuncisão foi feito, e ainda ficaram de fora dele; mas, que, sem dúvida, estavam no Pacto da Graça, pessoas tais como Sem, Arfaxade, Melquisedeque, Ló e outros; portanto esta aliança nunca podia ter sido o puro Pacto da Graça.
3e3a6. Nem é essa aliança a mesma com a que é referida em Gálatas 3:17, dita ser “confirmada de Deus em Cristo”, que não poderia ser anulada pela Lei quatrocentos e trinta anos depois; a distância de tempo entre elas não concordam, mas fica aquém da data do apóstolo, 24 anos; e, portanto, não deve se referir ao pacto da circuncisão, mas a alguma outra aliança e um tempo em que foi feita; mesmo para uma exposição e manifestação do Pacto da Graça a Abraão, sobre a época de seu chamado para fora da Caldéia (Gênesis 12:3).
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O Pacto da Graça foi feito com Cristo, como o cabeça federal dos eleitos nEle, e isso desde a eternidade, e Cristo é o único cabeça desse Pacto, e dos pactuantes, se o Pacto da Graça foi feito com Abraão, como a cabeça da sua descendência natural e espiritual, judeus e gentios; deve haver duas cabeças do Pacto da Graça, o que se opõe à natureza de tal pacto, e a todo o fluxo da Escritura. Sim, o Pacto da Graça diz respeito à semente espiritual de Abraão, e às bênçãos espirituais para eles; e às promessas desta, foram feitas a Cristo (Gálatas 3:16). Nenhum homem é capaz de pactuar com Deus; o Pacto da Graça não é feito com qualquer homem, individualmente; e muito menos com ele, em nome de outros; sempre que lemos deste Pacto como feito com uma pessoa ou pessoas em particular, deve ser sempre entendido como a manifestação e aplicação do mesmo e das suas bênçãos e promessas a tais pessoas.
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3e3a7. O Pacto da Graça foi feito com Cristo, como o cabeça federal dos eleitos nEle, e isso desde a eternidade, e Cristo é o único cabeça desse Pacto, e dos pactuantes, se o Pacto da Graça foi feito com Abraão, como a cabeça da sua descendência natural e espiritual, judeus e gentios; deve haver duas cabeças do Pacto da Graça, o que se opõe à natureza de tal pacto, e a todo o fluxo da Escritura. Sim, o Pacto da Graça diz respeito à semente espiritual de Abraão, e às bênçãos espirituais para eles; e às promessas desta, foram feitas a Cristo (Gálatas 3:16). Nenhum homem é capaz de pactuar com Deus; o Pacto da Graça não é feito com qualquer homem, individualmente; e muito menos com ele, em nome de outros; sempre que lemos deste Pacto como feito com uma pessoa ou pessoas em particular, deve ser sempre entendido como a manifestação e aplicação do mesmo e das suas bênçãos e promessas a tais pessoas.
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Mas, se admitimos que a aliança de Abraão seja um pacto peculiar, e de um tipo misto, contendo promessas de coisas temporais a ele, e a sua descendência natural e de coisas espirituais para a sua descendência espiritual; ou melhor, que havia ao mesmo tempo nesta aliança da circuncisão que foi dada a Abraão e à sua descendência natural, uma revigorante manifestação do Pacto da Graça feito com ele e sua semente espiritual em Cristo. Que as bênçãos temporais deste pertenciam à sua semente natural, não está em questão; mas negamos que as bênçãos espirituais pertencem a toda a semente de Abraão, segundo a carne, e toda a descendência natural de gentios crentes. Se o pacto da graça foi feito com toda a semente de Abraão segundo a carne, então, foi feito com sua prole mais imediata, com um zombador e perseguidor Ismael, e com um profano Esaú, e com toda a sua posteridade remota; com aqueles que não criam, e cujos corpos caíram no deserto; com as dez tribos que se rebelaram contra a pura adoração a Deus; com os judeus no tempo de Isaías, descendência de malfeitores, cujos governantes são chamados os governadores de Sodoma, e as pessoas são chamadas de povo de Gomorra; com os Escribas e Fariseus daquela geração má e adúltera dos tempos de Cristo, mas que homem sério, sensato, que conhece alguma coisa sobre o Pacto da Graça, pode admitir isso? (Veja Romanos 9:6-7)… É apenas um remanescente, segundo a eleição da graça, que está neste Pacto…
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3e3a8. Mas, se admitimos que a aliança de Abraão seja um pacto peculiar, e de um tipo misto, contendo promessas de coisas temporais a ele, e a sua descendência natural e de coisas espirituais para a sua descendência espiritual; ou melhor, que havia ao mesmo tempo nesta aliança da circuncisão que foi dada a Abraão e à sua descendência natural, uma revigorante manifestação do Pacto da Graça feito com ele e sua semente espiritual em Cristo. Que as bênçãos temporais deste pertenciam à sua semente natural, não está em questão; mas negamos que as bênçãos espirituais pertencem a toda a semente de Abraão, segundo a carne, e toda a descendência natural de gentios crentes. Se o pacto da graça foi feito com toda a semente de Abraão segundo a carne, então, foi feito com sua prole mais imediata, com um zombador e perseguidor Ismael, e com um profano Esaú, e com toda a sua posteridade remota; com aqueles que não criam, e cujos corpos caíram no deserto; com as dez tribos que se rebelaram contra a pura adoração a Deus; com os judeus no tempo de Isaías, descendência de malfeitores, cujos governantes são chamados os governadores de Sodoma, e as pessoas são chamadas de povo de Gomorra; com os Escribas e Fariseus daquela geração má e adúltera dos tempos de Cristo, mas que homem sério, sensato, que conhece alguma coisa sobre o Pacto da Graça, pode admitir isso? (Veja Romanos 9:6-7).
É apenas um remanescente, segundo a eleição da graça, que está no Pacto da Graça; e se toda a semente natural de Abraão não está nesta Aliança, dificilmente pode-se pensar que toda a semente natural dos gentios crentes esteja. São apenas alguns de um e alguns do outro, que estão no Pacto da Graça; e isso não pode ser conhecido até que eles creiam, quando, então, eles demonstrarão serem a semente espiritual de Abraão. O correto é adiar a sua pretensão de qualquer suposto privilégio decorrente de participação na Aliança, até que esteja claro que eles, eles, têm uma participação.
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Se toda a semente natural de Abraão, como tal, e toda a descendência natural dos gentios crentes, como tal, estão no Pacto da Graça; e uma vez que todos os que estão nele, e ninguém senão os que estão nele, são aqueles que são escolhidos por Deus, redimidos pelo Cordeiro, e serão chamados, pela graça, e santificados, e perseverarão na fé e santidade, e serão eternamente glorificados; logo, a semente natural de Abraão e dos gentios crentes, devem ser todos eleitos para a graça e glória, e ser redimidos pelo sangue de Cristo, do pecado, da Lei, do inferno e da morte; todos eles devem ter novos corações e espíritos que lhes serão dados, e o temor de Deus colocado em seus corações; devem ser chamados eficazmente, terem seus pecados perdoados, suas pessoas justificadas pela justiça de Cristo, e perseverarão na graça até o fim, e serão eternamente glorificados (veja Jeremias 31:33, 34, 32:40; Ezequiel 36.:25-27; Romanos 8:30). Mas quem se aventurará a afirmar tudo isso da semente natural de Abraão ou dos gentios crentes?
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Se toda a semente natural de Abraão, como tal, e toda a descendência natural dos gentios crentes, como tal, estão no Pacto da Graça; e uma vez que todos os que estão nele, e ninguém senão os que estão nele, são aqueles que são escolhidos por Deus, redimidos pelo Cordeiro, e serão chamados, pela graça, e santificados, e perseverarão na fé e santidade, e serão eternamente glorificados; logo, a semente natural de Abraão e dos gentios crentes, devem ser todos eleitos para a graça e glória, e ser redimidos pelo sangue de Cristo, do pecado, da Lei, do inferno e da morte; todos eles devem ter novos corações e espíritos que lhes serão dados, e o temor de Deus colocado em seus corações; devem ser chamados eficazmente, terem seus pecados perdoados, suas pessoas justificadas pela justiça de Cristo, e perseverarão na graça até o fim, e serão eternamente glorificados (veja Jeremias 31:33-34, 32:40; Ezequiel 36:25-27; Romanos 8:30). Mas quem se aventurará a afirmar tudo isso da semente natural de Abraão ou dos gentios crentes? E depois de tudo,
3e3a9. Se a participação deles no Pacto fosse determinada, isso não lhes dá o direito a uma ordenança, sem que haja uma ordem positiva e direção de Deus. Ele deu o direito de circuncisão anteriormente; pois, de um lado, havia pessoas que viviam quando essa ordenança foi instituída, que tinham uma inegável participação no Pacto da Graça; como Sem, Arfaxade, Ló e outros, em que a circuncisão não foi ordenada, e eles não tinham o direito de praticá-la. Por outro lado, houve muitos dos quais não se pode dizer que eles estavam no Pacto da Graça, e ainda assim, foram obrigados a circuncidarem-se.
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A fé em Cristo e uma profissão desta, são necessárias tanto para o Batismo quanto para a Ceia do Senhor, e se a participação no Pacto dá o direito ao Batismo, daria também à Ceia… Se houvesse um mandamento semelhante para o batismo dos filhos de crentes gentios, sob o Novo Testamento, como houve para a circuncisão de bebês judeus, sob o Antigo, a questão não admitiria qualquer controvérsia; todavia, nenhum mandamento ou algo desse tipo aparece.
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E assim a participação no Pacto não dá direito ao Batismo, fosse isso provado ou não, que toda a semente de infantes dos Crentes, como tal, está no Pacto da Graça, isso não lhes daria o direito ao Batismo, sem um mandamento para tal; a razão é porque uma pessoa pode estar no Pacto, e ainda não ter o pré-requisito para uma ordenança. A fé em Cristo e uma profissão desta, são necessárias tanto para o Batismo quanto para a Ceia do Senhor, e se a participação no Pacto dá o direito ao Batismo, daria também à Ceia.
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Não obstante toda essa ênfase feita sobre a aliança de Abraão (Gênesis 17:1-14), esta não foi feita com ele e sua semente infantil; mas com ele e sua descendência adulta; estes eram aqueles em todas as eras posteriores, até a vinda de Cristo, sejam crentes ou incrédulos, que foram intimados a circuncidar seus descendentes infantis, e não todos eles, apenas os seus homens; isso não foi feito com a descendência infantil de Abraão, que não podia circuncidar a si mesma, mas com seus pais que por este pacto, foram obrigados a circuncidá-los. Sim, outros, que não eram a semente natural de Abraão, foram obrigados a isso: “O filho de oito dias, pois, será circuncidado, todo o homem nas vossas gerações; o nascido na casa, e o comprado por dinheiro a qualquer estrangeiro, que NÃO FOR DA TUA DESCENDÊNCIA” (Gênesis 17:12).
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3e3a10. Não obstante toda essa ênfase feita sobre a aliança de Abraão (Gênesis 17:1-14), esta não foi feita com ele e sua semente infantil; mas com ele e sua descendência adulta; estes eram aqueles em todas as eras posteriores, até a vinda de Cristo, sejam crentes ou incrédulos, que foram intimados a circuncidar seus descendentes infantis, e não todos eles, apenas os seus homens; isso não foi feito com a descendência infantil de Abraão, que não podia circuncidar a si mesma, mas com seus pais que por este pacto, foram obrigados a circuncidá-los. Sim, outros, que não eram a semente natural de Abraão, foram obrigados a isso: “O filho de oito dias, pois, será circuncidado, todo o homem nas vossas gerações; o nascido na casa, e o comprado por dinheiro a qualquer estrangeiro, que NÃO FOR DA TUA DESCENDÊNCIA” (Gênesis 17:12). O que nos leva a observar,
3e3b. Que nada se pode concluir a partir da circuncisão de crianças judias, para o batismo dos filhos de gentios crentes. Se houvesse um mandamento semelhante para o batismo dos filhos de crentes gentios, sob o Novo Testamento, como houve para a circuncisão de bebês judeus, sob o Antigo, a questão não admitiria qualquer controvérsia; todavia, nenhum mandamento ou algo desse tipo aparece. Pois,
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Não é claro que mesmo as crianças judias foram admitidas no Pacto por meio do rito da circuncisão; pelo que é reivindicado que os filhos dos crentes são admitidos nele pelo batismo; pois, a semente feminina de Abraão foi incluída na aliança feita com ele, como o foi a semente masculina, mas não por qualquer “rito visível” ou cerimônia, nem a sua semente masculina foi admitida por qualquer rito, nem mesmo pela circuncisão, pois, eles não deviam ser circuncidados até ao oitavo dia, circuncida-los mais cedo seria criminoso; e que eles estavam em aliança desde o seu nascimento, penso que não será negado; como essa era uma aliança nacional tão logo nascessem na nação tornavam-se participantes dela. Os Israelitas, com seus filhinhos em Horebe, não estavam circuncidados, nem eles o estavam quando entraram em aliança com o Senhor seu Deus (Deuteronômio 29:10-15).
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3e3b1. Não é claro que mesmo as crianças judias foram admitidas no Pacto por meio do rito da circuncisão; pelo que é reivindicado que os filhos dos crentes são admitidos nele pelo batismo; pois, a semente feminina de Abraão foi incluída na aliança feita com ele, como o foi a semente masculina, mas não por qualquer “rito visível” ou cerimônia, nem a sua semente masculina foi admitida por qualquer rito, nem mesmo pela circuncisão, pois, eles não deviam ser circuncidados até ao oitavo dia, circuncida-los mais cedo seria criminoso; e que eles estavam em aliança desde o seu nascimento, penso que não será negado; como essa era uma aliança nacional tão logo nascessem na nação tornavam-se participantes dela. Os Israelitas, com seus filhinhos em Horebe, não estavam circuncidados, nem eles o estavam quando entraram em aliança com o Senhor seu Deus (Deuteronômio 29:10-15).
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A circuncisão não era o selo do Pacto da Graça sob a dispensação anterior e nem o Batismo nem é o selo desta presente dispensação. Se a circuncisão fosse um selo desta, o Pacto da Graça não teria sido feito com ninguém entre Adão a Abraão. Este é chamado de um sinal ou símbolo, mas não de um selo. Era um sinal ou marca na carne da semente natural de Abraão, um sinal típico da contaminação da natureza humana, e da circuncisão interior do coração; mas de modo algum um selo, confirmando qualquer bênção espiritual do Pacto da Graça, para aqueles que tinham esta marca ou sinal. Ele, de fato, é chamado de “um selo da justiça da fé” (Romanos 4:11), mas não um selo para a semente natural de Abraão, de sua participação naquela justiça, mas apenas para o próprio Abraão. Era um selo para ele, um sinal de confirmação, assegurando-lhe, que a justiça da fé, que ele tinha antes de ter sido circuncidado, adviria sobre os crentes gentios não circuncidados; e, portanto, foi mantido em seus descendentes naturais, até que a justiça foi anunciada, recebida e imputada aos gentios crentes.
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3e3b2. A circuncisão não era o selo do Pacto da Graça sob a dispensação anterior e nem o Batismo nem é o selo desta presente dispensação. Se a circuncisão fosse um selo desta, o Pacto da Graça não teria sido feito com ninguém entre Adão a Abraão. Este é chamado de um sinal ou símbolo, mas não de um selo. Era um sinal ou marca na carne da semente natural de Abraão, um sinal típico da contaminação da natureza humana, e da circuncisão interior do coração; mas de modo algum um selo, confirmando qualquer bênção espiritual do Pacto da Graça, para aqueles que tinham esta marca ou sinal. Ele, de fato, é chamado de “um selo da justiça da fé” (Romanos 4:11), mas não um selo para a semente natural de Abraão, de sua participação naquela justiça, mas apenas para o próprio Abraão. Era um selo para ele, um sinal de confirmação, assegurando-lhe, que a justiça da fé, que ele tinha antes de ter sido circuncidado, adviria sobre os crentes gentios não circuncidados; e, portanto, foi mantido em seus descendentes naturais, até que a justiça foi anunciada, recebida e imputada aos gentios crentes.
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Nem o Batismo sucede a circuncisão. Não há concordância entre um e o outro; não nos indivíduos a quem eles foram administrados; o uso de um e do outro não é o mesmo; e a forma de administração deles difere. O Batismo sendo administrado a judeus e gentios, a homens e mulheres, e a pessoas adultas somente. Enquanto a circuncisão não era assim; o uso da circuncisão foi para distinguir a semente natural de Abraão dos demais. O Batismo é o emblema da semente espiritual de Cristo, e a indagação de uma boa consciência para com Deus; e representa os sofrimentos, sepultamento e ressurreição de Cristo, aquela é pelo sangue, este é por água.
E estas ordenanças, circuncisão e Batismo, muito diferem em seus sujeitos, uso e administração; alguém nunca poderia pensar que o Batismo vem no lugar e posição da circuncisão. Além disso, o Batismo estava em uso e vigor antes que a circuncisão fosse abolida, o que não ocorreu até a morte de Cristo. Considerando que a doutrina do Batismo foi pregada, e a própria ordenança administrada, alguns anos antes da circuncisão ser abolida. Ora, aquilo que estava em vigor antes da outra tornar-se obsoleta, nunca pode com qualquer propriedade ser considerado um sucessor, ou ter tomado o lugar da outra. Além disso, se este foi o caso, como a circuncisão deu o direito de celebrar a páscoa, assim o faria o Batismo em relação à Ceia do Senhor; ainda que não seja admitido. Agora, como não há nada a ser reunido a partir do Antigo Testamento para aprovar o batismo infantil, assim, não há passagens no Novo que possam ser apoiadas a favor dele.
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3e3b3. Nem o Batismo sucede a circuncisão. Não há concordância entre um e o outro; não nos indivíduos a quem eles foram administrados; o uso de um e do outro não é o mesmo; e a forma de administração deles difere. O Batismo sendo administrado a judeus e gentios, a homens e mulheres, e a pessoas adultas somente. Enquanto a circuncisão não era assim; o uso da circuncisão foi para distinguir a semente natural de Abraão dos demais. O Batismo é o emblema da semente espiritual de Cristo, e a indagação de uma boa consciência para com Deus; e representa os sofrimentos, sepultamento e ressurreição de Cristo, aquela é pelo sangue, este é por água.
E estas ordenanças, circuncisão e Batismo, muito diferem em seus sujeitos, uso e administração; alguém nunca poderia pensar que o Batismo vem no lugar e posição da circuncisão. Além disso, o Batismo estava em uso e vigor antes que a circuncisão fosse abolida, o que não ocorreu até a morte de Cristo. Considerando que a doutrina do Batismo foi pregada, e a própria ordenança administrada, alguns anos antes da circuncisão ser abolida. Ora, aquilo que estava em vigor antes da outra tornar-se obsoleta, nunca pode com qualquer propriedade ser considerado um sucessor, ou ter tomado o lugar da outra. Além disso, se este foi o caso, como a circuncisão deu o direito de celebrar a páscoa, assim o faria o Batismo em relação à Ceia do Senhor; ainda que não seja admitido. Agora, como não há nada a ser reunido a partir do Antigo Testamento para aprovar o batismo infantil, assim, não há passagens no Novo que possam ser apoiadas a favor dele.
3e3b3a. Nem o texto em Atos 2:39: “A promessa é para vós e para os vossos filhos”, etc. Isso é dito em referência à aliança feita com Abraão, e a uma promessa da aliança feita com ele, dando a seus filhinhos o direito à ordenança da circuncisão; e é pleiteado como uma razão para os judeus, pela qual eles e seus filhos devem ser batizados; e para os gentios, do por que eles e os seus filhos o devem ser também, quando chamado a uma condição de igreja. Mas,
3e3b3a1. Não há a mínima menção feita no texto sobre o pacto de Abraão, ou de qualquer promessa feita a ele, dando a sua semente infantil o direito à circuncisão, e menos ainda ao Batismo; nem há a menor sílaba sobre batismo infantil, nem qualquer indício disso, a partir do qual isso seja concluído; nem por “filhos” se pretende dizer que são bebês concebidos, mas a posteridade dos judeus, que são frequentemente assim chamados nas Escrituras, embora já crescidos; e, a menos que isso seja assim entendido, em muitos lugares interpretações estranhas devem ser dadas a delas; portanto, o argumento a partir desta passagem para o “pedobatismo” é renunciado por alguns homens sábios, como o Dr. Hammond e outros, como inconclusivo.
3e3b3a2. A promessa aqui, seja ela qual for, não é observada como a concessão de um direito ou pretensão de qualquer ordenança; mas como um motivo encorajador para pessoas angustiadas, sob convicção de pecado, a arrependerem-se dele, e a declararem o seu arrependimento, e entregarem-se a uma sujeição voluntária à ordenança do Batismo; quando então eles poderiam esperar que a remissão dos pecados seria aplicada a eles, e eles receberiam uma medida maior da graça do Espírito; portanto, o arrependimento e o Batismo são instados com a finalidade de gozo da promessa; e, consequentemente, deve ser compreendido por pessoas adultas, as quais, somente, são capazes de arrependimento e de uma submissão voluntária ao Batismo.
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A promessa não é outra senão a promessa da vida e da salvação por Cristo, e da remissão dos pecados pelo Seu sangue, e de um crescimento na graça por Seu Espírito. As pessoas a quem se discursava eram acusadas da culpa do sangue de Cristo, que eles tinham invocado sobre sua posteridade, bem como sobre si mesmos, o que lhes afligia [Mateus 27:25]; foi-lhes dito, para o seu alívio, que a mesma promessa seria transformada em bem para sua posteridade também, desde que fizessem o que eles foram direcionados a fazer; e até mesmo para todos os judeus que estivessem mais distantes, em países longínquos e eras futuras, deveriam olhar para Cristo e clamar, arrependerem-se e crerem, e serem batizados; e considerando que os gentios são por vezes descritos como aqueles que “estavam longe” [Efésios 2:13, 17], a promessa pode ser pensada como para alcançar aqueles que seriam chamados pela graça, a se arrependerem, crerem e serem batizados também; mas nenhuma menção é feita aos seus filhos; e se fossem mencionados, a cláusula limitante: “a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar”, claramente aponta e descreve as pessoas intencionadas, quer judeus, quer gentios, eficazmente chamados pela graça, que são estimulados pelo motivo na promessa a professarem o arrependimento, e submeterem-se ao Batismo, o qual só pode ser compreendido por adultos, e não por crianças.
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3e3b3a3. A promessa não é outra senão a promessa da vida e da salvação por Cristo, e da remissão dos pecados pelo Seu sangue, e de um crescimento na graça por Seu Espírito. As pessoas a quem se discursava eram acusadas da culpa do sangue de Cristo, que eles tinham invocado sobre sua posteridade, bem como sobre si mesmos, o que lhes afligia [Mateus 27:25]; foi-lhes dito, para o seu alívio, que a mesma promessa seria transformada em bem para sua posteridade também, desde que fizessem o que eles foram direcionados a fazer; e até mesmo para todos os judeus que estivessem mais distantes, em países longínquos e eras futuras, deveriam olhar para Cristo e clamar, arrependerem-se e crerem, e serem batizados; e considerando que os gentios são por vezes descritos como aqueles que “estavam longe” [Efésios 2:13, 17], a promessa pode ser pensada como para alcançar aqueles que seriam chamados pela graça, a se arrependerem, crerem e serem batizados também; mas nenhuma menção é feita aos seus filhos; e se fossem mencionados, a cláusula limitante: “a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar”, claramente aponta e descreve as pessoas intencionadas, quer judeus, quer gentios, eficazmente chamados pela graça, que são estimulados pelo motivo na promessa a professarem o arrependimento, e submeterem-se ao Batismo, o qual só pode ser compreendido por adultos, e não por crianças.
3e3b3b. Nem Romanos 11:16, em diante. “Se as primícias são santas”, etc. Pois,
3e3b3b1. Por primícias, e massa, e pela raiz e ramos, não são significados Abraão e sua posteridade, ou sua semente natural, como tal; mas o primeiro entre os judeus que creu em Cristo, e colocou o primeiro fundamento de um estado de igreja evangélica, e foram primeiramente incorporados nela; Ele, sendo santo, era uma promessa da futura conversão e santidade daquele povo nos últimos dias.
3e3b3b2. Nem pela boa oliveira, depois mencionada, entende-se o estado da igreja judaica; que foi abolida por Cristo, com todas as ordenanças peculiares da mesma; e os gentios crentes nunca foram enxertados nela; o machado foi posto à raiz desse antigo cepo judeu, e está completamente cortado, e nenhum enxerto é feito sobre ele. Mas,
3e3b3b3. Por isso se indica o estado da igreja evangélica, em sua primeira fundação, composto por judeus crentes, dos quais foram deixados os judeus que não creram em Cristo, e que são os ramos cortados; nesse estado de igreja, os gentios foram recebidos e enxertados, cujo enxerto ou coligação foi pela primeira vez feita em Antioquia, quando e daí por diante, os gentios participaram da raiz e da seiva da oliveira, gozaram dos mesmos privilégios, comunicaram-se nos mesmos preceitos, e ficaram satisfeitos com a bondade e seiva da casa de Deus; e esta igreja evangélica pode ser verdadeiramente chamada, pelos judeus convertidos no último dia, de sua “própria oliveira”, em que serão enxertados; posto que a primeira igreja evangélica foi estabelecida em Jerusalém, e os congregou dentre os judeus; e assim em outros lugares, as primeiras igrejas evangélicas consistiam de judeus, os primeiros frutos daqueles convertidos. De tudo isso, parece que não há a menor sílaba sobre o Batismo, e muito menos sobre o batismo de bebês, na passagem; nem qualquer coisa pode ser concluída a partir daqui a favor dele.
3e3b3c. Nem a partir de 1 Coríntios 7:14: “Porque o marido descrente é santificado pela mulher; e a mulher descrente é santificada pelo marido; de outra sorte os vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos”, o que é dito nesta passagem é entendido por alguns como uma santidade federal, concedendo uma reivindicação de privilégios do Pacto, e, assim, ao Batismo. Mas,
3e3b3c1. Deve ser dito o que são esses privilégios do Pacto, uma vez que, como vimos, a participação no Pacto não dá direito a qualquer ordenança sem direção Divina; nem o Batismo é um selo do Pacto; deve ser dito o que esta santidade da aliança é, que se diga ser imaginária ou real; por alguns é chamada de “reputação”, e distingue-se da santidade interna, o que é rejeitado como sendo o sentido do texto; mas tal santidade nunca pode qualificar pessoas para uma ordenança do Novo Testamento; nem quanto ao Pacto da Graça tal santidade o faz participante; pois a santidade que caracteriza os participantes do Pacto provê, em forma de promessa, santidade real, significando a colocação das leis de Deus no coração, ao conceder novos corações e novos espíritos, e pela purificação de toda a impureza, e a produção de santidade real e interior, demonstrada em santa conversação, e os tais em que isso aparece, têm um direito inquestionável à ordenança do Batismo, já que eles receberam o Espírito como o Espírito de santificação (Atos 10:47). Mas isso não pode ser o significado do texto, considerando,
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1 Coríntios 7:14: “Porque o marido descrente é santificado pela mulher; e a mulher descrente é santificada pelo marido; de outra sorte os vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos” […] Esta é uma santidade como a que os pagãos podem ter; maridos e esposas incrédulos são descritos como possuindo esta santidade, em virtude de sua relação com as esposas e esposos crentes, e que é anterior à santidade de seus filhos, e sobre a qual a deles depende […] se a santidade dos filhos é uma santidade federal, a do pai incrédulo deve ser assim também, pois é de onde provem a santidade dos filhos. […] Se as crianças, em virtude desta santidade têm o direito ao Batismo, então, muito mais os seus pais incrédulos, uma vez que são santificados antes deles, pelo jugo de seus cônjuges crentes, e são tão próximos a eles quanto os seus filhos; e se a santidade de um dá direito ao Batismo, porque não a santidade do outro? E ainda assim, um é batizado e o outro não, embora santificados, e cuja santidade é mais próxima; pela santidade citada, seja ela qual for, é derivada de ambos os pais, tanto o crente quanto o incrédulo; sim, a santidade dos filhos depende da santificação do pai incrédulo; pois, se o descrente não é santificado, as crianças são impuras, e não santas. Mas, […] Estas palavras devem ser entendidas como santidade matrimonial, mesmo o próprio ato do casamento, que, na língua dos judeus, é frequentemente expressado por ser santificado; a pa-lavra ??? usada para “santificar”, é usada em inúmeros lugares nos escritos judaicos, para “desposar”, e, no mesmo sentido, o apóstolo usa aqui a palavra αγιαζω, e estas palavras podem ser traduzidas como: “o marido descrente é desposado”, ou casado “pela esposa”, ou melhor, “foi desposado”, pois se refere ao ato do casamento passado, como válido; “e a mulher descrente foi desposada pelo marido”, a preposição εν, traduzida como “pela” deveria ser traduzido como “para”, como está no versículo seguinte: “Deus nos chamou εν ειρηνη, isto é, para a paz” [1 Coríntios 7:15]; a partir disso, a inferência do apóstolo é: “de outra sorte os vossos filhos seriam imundos”, isto é, ilegítimos, se seus pais não fossem legalmente desposados ??e casados um com o outro: “mas agora são santos”, uma semente santa e legítima, como em Esdras 9:2 (veja Malaquias 2:15). E nenhum outro sentido pode ser colocado sobre as palavras, do que de um casamento e filhos legítimos; nada mais se adequará com o caso proposto pelo apóstolo, e com sua resposta a isso, e raciocínio sobre o assunto; e cujo sentido tem sido aceito por muitos intérpretes eruditos, antigos e modernos, como Jerônimo, Ambrósio, Erasmo, Camerarius, Musculus e outros.
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3e3b3c2. Esta é uma santidade como a que os pagãos podem ter; maridos e esposas incrédulos são descritos como possuindo esta santidade, em virtude de sua relação com as esposas e esposos crentes, e que é anterior à santidade de seus filhos, e sobre a qual a deles depende; mas certamente tais não serão admitidos como tendo santidade federal, e, no entanto, deve ser do mesmo modo com as suas crianças; se a santidade dos filhos é uma santidade federal, a do pai incrédulo deve ser assim também, pois é de onde provem a santidade dos filhos.
3e3b3c3. Se as crianças, em virtude desta santidade têm o direito ao Batismo, então, muito mais os seus pais incrédulos, uma vez que são santificados antes deles, pelo jugo de seus cônjuges crentes, e são tão próximos a eles quanto os seus filhos; e se a santidade de um dá direito ao Batismo, porque não a santidade do outro? E ainda assim, um é batizado e o outro não, embora santificados, e cuja santidade é mais próxima; pela santidade citada, seja ela qual for, é derivada de ambos os pais, tanto o crente quanto o incrédulo; sim, a santidade dos filhos depende da santificação do pai incrédulo; pois, se o descrente não é santificado, as crianças são impuras, e não santas. Mas,
3e3b3c4. Estas palavras devem ser entendidas como santidade matrimonial, mesmo o próprio ato do casamento, que, na língua dos judeus, é frequentemente expressado por ser santificado; a palavra ??? usada para “santificar”, é usada em inúmeros lugares nos escritos judaicos [9], para “desposar”, e, no mesmo sentido, o apóstolo usa aqui a palavra αγιαζω, e estas palavras podem ser traduzidas como: “o marido descrente é desposado”, ou casado “pela esposa”, ou melhor, “foi desposado”, pois se refere ao ato do casamento passado, como válido; “e a mulher descrente foi desposada pelo marido”, a preposição εν, traduzida como “pela” deveria ser traduzido como “para”, como está no versículo seguinte: “Deus nos chamou εν ειρηνη, isto é, para a paz” [1 Coríntios 7:15]; a partir disso, a inferência do apóstolo é: “de outra sorte os vossos filhos seriam imundos”, isto é, ilegítimos, se seus pais não fossem legalmente desposados ??e casados um com o outro: “mas agora são santos”, uma semente santa e legítima, como em Esdras 9:2 (veja Malaquias 2:15). E nenhum outro sentido pode ser colocado sobre as palavras, do que de um casamento e filhos legítimos; nada mais se adequará com o caso proposto pelo apóstolo, e com sua resposta a isso, e raciocínio sobre o assunto; e cujo sentido tem sido aceito por muitos intérpretes eruditos, antigos e modernos, como Jerônimo, Ambrósio, Erasmo, Camerarius, Musculus e outros.
Existem algumas objeções feitas para a prática de Batismo adulto, que são de pequena força, e para o que uma resposta pode ser facilmente replicada.
3e3b3c4a. Que embora possa ser permitido que pessoas adultas, tais como penitentes e crentes, sejam os sujeitos do Batismo, no entanto, em nenhum lugar é dito que eles são os únicos, mas se nenhum outro pode ser descrito como sendo batizado, e as características descritivas dadas nas Escrituras sobre as pessoas batizadas são tais que somente os adultos podem enquadrar-se, e não bebês; então, pode ser razoavelmente concluído que os adultos “somente” são os sujeitos apropriados do Batismo.
3e3b3c4b. Objeta-se à nossa prática de batizar os filhos crescidos dos Cristãos, que nenhuma passagem das Escrituras pode ser dada em favor de tal prática; e é exigido que nós ofereçamos um exemplo apropriado à nossa prática; desde que os primeiros batizados eram tais que foram convertidos a partir do judaísmo ou do paganismo, sobre o Batismo de tais adultos, dizem eles, não há controvérsia. Mas a nossa prática não está, de modo algum, preocupada com os pais dos batizados por nós, sejam eles Cristãos, judeus, Turcos ou Pagãos; mas com as próprias pessoas, sejam eles crentes em Cristo ou não; se elas são filhos adultos de Cristãos, ainda não batizados, não há nenhuma objeção para nós, e se eles não forem, não há obstáculo no caminho para admiti-los ao Batismo, se eles mesmos são crentes. Muitos, e talvez seja a maior parte, daqueles que são batizados por nós, são os filhos crescidos de todos aqueles que, sem faltar com o amor, não podem ser considerados como Cristãos.
Quanto às primeiras pessoas que foram batizadas, elas não eram nem prosélitos do judaísmo nem do Paganismo; mas filhos de Cristãos, de tal forma que criam no Messias; os santos antes da vinda de Cristo, e na Sua vinda, eram tão bons Cristãos quanto os que viveram desde então; esta também foi o caso dos bons homens que viveram antes de Abraão, e antes deste até ao primeiro homem, e aqueles que viveram depois dele, até a vinda de Cristo. Eusébio [10] observa que, se alguém afirmasse que eles são Cristãos, embora não no nome, contudo na realidade, tal pessoa não diria mal. O judaísmo, até o momento da vinda de Cristo foi o mesmo que o Cristianismo, e não oposto a ele; de modo que não havia tal coisa como a conversão do judaísmo ao Cristianismo. Zacarias e Isabel, dos quais é filho João, o primeiro batizador, e Maria, a mãe de nosso Senhor, que foi batizada por João, quando adulta, eram tão bons cristãos, e tão fortes crentes em Jesus, como o Messias, assim que nasceu e, mesmo quando no ventre da virgem, como tem sido desde então; e estes certamente devem ser admitidos ser a prole adulta de Cristãos; tais eram os apóstolos de Cristo, e os primeiros seguidores dEle, que eram os filhos adultos de tais que criam no Messias, e apegaram-se a Ele desde a primeira notícia sobre Ele, e não podem ser considerados convertidos do Judaísmo ao Cristianismo.
O judaísmo não existia até que se opôs ao fato de Jesus ser o Messias, e consequentemente, a partir de então, o judaísmo tornou-se geral e nacional; depois disso, em verdade, aqueles da nação judaica que criam em Cristo, pode-se dizer que eram prosélitos do judaísmo ao Cristianismo, como o apóstolo Paulo e outros, e assim aqueles que se converteram pela pregação do Evangelho entre os gentios, eram prosélitos do Paganismo ao Cristianismo; mas, então, não é razoável exigir de nós passagens da prole adulta dos tais sendo batizada, e acrescentados às igrejas; visto que a história narradas na Escrituras sobre as primeiras igrejas nos Atos dos Apóstolos, somente dão um relato do primeiro plantio dessas igrejas, e do Batismo daqueles que primeiro as compunham; mas não sobre as adições dos membros a elas em tempos posteriores; pelo que exigir de nós que ofereçamos exemplos de pessoas que nasceram deles, e foram criados por eles, sendo batizados em idade adulta, não pode ser razoável; mas, por outro lado, se os bebês fossem admitidos ao Batismo, nestes tempos, considerando a fé e o batismo de seus pais, e se tornassem Cristãos, é estranho, estranhíssimo, que entre os muitos milhares batizados em Jerusalém, Samaria, Corinto e outros lugares, não haja um exemplo de qualquer um deles trazendo seus filhos consigo para serem batizados, e reivindicando o privilégio do Batismo para eles por causa de sua própria fé; nem de seu fazer isso em qualquer tempo posterior. Este é um caso que não requer período de tempo, e ainda assim, nem um único exemplo pode ser produzido.
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Objeta-se, que nenhum tempo pode ser apontado quando os bebês foram expulsos do Pacto, ou privados do selo dele. Se por Pacto é intencionado o Pacto da Graça, deve ser primeiro provado que eles estão no mesmo, pelo fato de serem a semente natural dos crentes, o que não pode ser feito; e se isso for, é o momento oportuno para falar de serem expulsos, quando e como. Se com isso se quer dizer a aliança de Abraão, isto é, “a aliança da circuncisão” [Atos 7:8], a resposta é que a privação aconteceu quando a circuncisão deixou de ser uma ordenança de Deus, o que se deu com a morte de Cristo; se por isso se entende o Pacto nacional dos judeus, a dispersão de pais judeus, com seus filhos, foi quando Deus escreveu uma “Lo-Ami” [Oséias 1:9 — … porque vós não sois meu povo, nem eu serei vosso Deus] sobre o povo, como um corpo político e eclesiástico; quando Ele quebrou a Sua aliança com eles, significado por Sua quebra de Suas duas varas: Graça e União [veja Zacarias 11:10-14].
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3e3b3c4c. Objeta-se, que nenhum tempo pode ser apontado quando os bebês foram expulsos do Pacto, ou privados do selo dele. Se por Pacto é intencionado o Pacto da Graça, deve ser primeiro provado que eles estão no mesmo, pelo fato de serem a semente natural dos crentes, o que não pode ser feito; e se isso for, é o momento oportuno para falar de serem expulsos, quando e como. Se com isso se quer dizer a aliança de Abraão, isto é, “a aliança da circuncisão” [Atos 7:8], a resposta é que a privação aconteceu quando a circuncisão deixou de ser uma ordenança de Deus, o que se deu com a morte de Cristo; se por isso se entende o Pacto nacional dos judeus, a dispersão de pais judeus, com seus filhos, foi quando Deus escreveu uma “Lo-Ami” [Oséias 1:9 — … porque vós não sois meu povo, nem eu serei vosso Deus] sobre o povo, como um corpo político e eclesiástico; quando Ele quebrou a Sua aliança com eles, significado por Sua quebra de Suas duas varas: Graça e União [veja Zacarias 11:10-14].
3e3b3c4d. Um ruidoso clamor é feito contra nós, como se nós cerceássemos os privilégios dos bebês, ao negar o Batismo a eles; tornando-os menos privilegiados sob a dispensação do Evangelho do que sob a Lei, e assim tornando a dispensação do Evangelho menos gloriosa. Mas, quanto à dispensação do Evangelho, é mais glorioso para as crianças serem deixadas de fora do seu estado de membro da igreja, ou seja, por esta não ser nacional e por direito de nascimento, como o era anteriormente; mas congregacional e espiritual, sendo formada não por bebês, sem entendimento, mas por homens racionais e espirituais, crentes em Cristo, e estes não de uma única região, como a Judéia, mas de todas as partes do mundo. E quanto às crianças, seus privilégios agora são muitos e ainda melhores, pois estão livres do doloroso rito da circuncisão; esta é uma rica misericórdia e um glorioso privilégio do Evangelho, que os judeus crentes e os seus filhos estejam libertos disso; e que os gentios e os seus não são obrigados a isso; o que os obrigaria a cumprir toda a Lei; a isto pode ser adicionado que nascer de pais Cristãos, receber uma educação Cristã, e ter oportunidades de ouvir o Evangelho, à medida que crescerem — e isto não vindo em um único país, mas em muitos — são maiores privilégios do que as crianças judias tinham sob a dispensação anterior.
3e3b3c4e. Objeta-se, que não existem mais mandamentos expressos na Escritura para manter o primeiro Dia da semana como o Sabath; nem para mulheres participarem da Ceia do Senhor, e outras coisas, mais do que para o batismo de crianças. Quanto ao Sabath, embora não haja preceito expresso para a observância do mesmo, ainda assim, há precedentes de sua observância para serviços religiosos (Atos 20:7; 1 Coríntios 16:1-2), e embora nós não tenhamos nenhum exemplo de batismo infantil, ainda assim, se houvesse precedentes bíblicos disso, pensamos que nós mesmos seríamos obrigados a segui-los. Quanto ao direito das mulheres para participarem da Ceia do Senhor, temos prova suficiente disso; desde que estas fossem batizadas, assim como os homens; e tendo o direito a uma ordenança, tinham à outra, e eram membros da primeira igreja, se comunicavam com ela, e as mulheres, assim como os homens, foram adicionadas a ela (Atos 8:12; 1:14; 5:1, 14), temos um preceito para isso: “Examine-se, pois o homem”, ανθρωπος, uma palavra do gênero comum, e pode ser usada tanto para homens quanto para mulheres: “examine-se a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice” (1 Coríntios 11:28; veja Gálatas 3:28); e temos também exemplos de Maria, a mãe de nosso Senhor, e de outras mulheres, que, com os discípulos, constituíam a igreja evangélica em Jerusalém; e como eles perseveravam unanimemente na doutrina dos apóstolos e na oração, assim como na comunhão e no partir do pão; deixe a mesma prova ser dada sobre o batismo de crianças, e este será admitido.
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A Antiguidade é instada a favor do batismo infantil; é pretendido que esta é uma tradição que a igreja recebeu dos apóstolos; embora nenhuma outra prova disso seja dada, senão o testemunho de Orígenes, e de nenhum outro antes desse; e isso é tomado, e não de qualquer um de seus escritos gregos genuínos, mas apenas a partir de algumas traduções latinas, confessadamente interpoladas, e assim corrompidas. É comum, alguém perde-se ao buscar encontrar Orígenes em Orígenes. Nenhuma menção é feita desta prática nos dois primeiros séculos, nenhuma instância é dada a isso até o terceiro século, quando Tertuliano é o primeiro que falou sobre batismo de bebês, e ao mesmo tempo falou contra este. E isso poderia ser levado mais alto, e pelo que a coisa debatida deva ser julgada e determinada. Sabemos que as inovações e corrupções ocorreram muito cedo, e mesmo nos tempos dos apóstolos, e o que se pretendia estar perto daqueles tempos, este deve ser mais suspeito como tradições dos falsos apóstolos; a antiguidade de um costume não concede nenhuma prova da veracidade e autenticidade do mesmo: “Os costumes dos povos são vaidade” (Jeremias 10:3).
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3e3b3c4f. A Antiguidade é instada a favor do batismo infantil; é pretendido que esta é uma tradição que a igreja recebeu dos apóstolos; embora nenhuma outra prova disso seja dada, senão o testemunho de Orígenes, e de nenhum outro antes desse; e isso é tomado, e não de qualquer um de seus escritos gregos genuínos, mas apenas a partir de algumas traduções latinas, confessadamente interpoladas, e assim corrompidas. É comum, alguém perde-se ao buscar encontrar Orígenes em Orígenes. Nenhuma menção é feita desta prática nos dois primeiros séculos, nenhuma instância é dada a isso até o terceiro século, quando Tertuliano é o primeiro que falou sobre batismo de bebês, e ao mesmo tempo falou contra este [11]. E isso poderia ser levado mais alto, e pelo que a coisa debatida deva ser julgada e determinada. Sabemos que as inovações e corrupções ocorreram muito cedo, e mesmo nos tempos dos apóstolos, e o que se pretendia estar perto daqueles tempos, este deve ser mais suspeito como tradições dos falsos apóstolos [12]; a antiguidade de um costume não concede nenhuma prova da veracidade e autenticidade do mesmo [13]: “Os costumes dos povos são vaidade” (Jeremias 10:3). Prosseguirei a considerar,
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A forma e maneira de batizar… é por imersão, mergulhando o corpo na água, e cobrindo-o com ela… a imersão é geralmente chamada de “modo” do Batismo; enquanto que esta é o Batismo em si mesmo; dizer que a imersão ou mergulho é o modo de Batismo, é a mesma coisa que dizer, que imersão é o modo de imersão, pois, como Sr. John Floyer observa: “Imersão não é nenhuma circunstância, senão ‘o próprio ato do batismo’, usado por nosso Salvador e Seus discípulos, na instituição do batismo”. E Calvino diz expressamente: “A palavra ‘batizar’ significa imergir; e é certo, que o rito de mergulhar era usado pelas igrejas primitivas”.
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4. Em quarto lugar, a forma e maneira de batizar; provarei que que é, por imersão, mergulhando o corpo na água, e cobrindo-o com ela. O costume, e o uso comum de escrita nesta controvérsia, até agora prevaleceu, que em sua maioria, a imersão é geralmente chamada de “modo” do Batismo; enquanto que esta é o Batismo em si mesmo; dizer que a imersão ou mergulho é o modo de Batismo, é a mesma coisa que dizer, que imersão é o modo de imersão; pois, como Sr. John Floyer [14] observa: “Imersão não é nenhuma circunstância, senão ‘o próprio ato do batismo’, usado por nosso Salvador e Seus discípulos, na instituição do batismo”. E Calvino [15] diz expressamente: “A palavra ‘batizar’ significa imergir; e é certo, que o rito de mergulhar era usado pelas igrejas primitivas”. E quanto à aspersão, esta não pode, com qualquer propriedade, ser chamada de um modo de Batismo; seria exatamente tal, como ao bom senso dizer, aspersão é o modo de imersão, desde que batismo e imersão são a mesma coisa, disso o erudito Selden [16], que na primeira parte de sua vida pôde ver crianças mergulhadas em fontes, mas viveu para ver a imersão muito em desuso, tinha motivos para dizer: “Na Inglaterra, nos últimos anos, eu sempre pensei que o pároco ‘batizou seus próprios dedos’ em vez da criança ‘porque ele mergulhou a um, e aspergiu a outra’. Que Batismo é imersão, ou mergulho de uma pessoa em água, e cobrindo-a com ela deve ser provado,
4a. A partir da apropriada e primária significação da palavra βαπτιζω, “batizar”, que em seu primeiro e principal sentido, significa “imergir ou mergulhar”, e assim ela é traduzida pelos nossos melhores lexicógrafos, “mergo”, “immergo” “mergulhar ou imergir”, e em um sentido secundário e consequente, “abluo, lavo”, “lavar”, porque o que é mergulhado é lavado, não havendo lavagem adequada, senão por meio da imersão; mas nunca “perfundo ou aspergo”, “derramar ou borrifar”, assim o léxico publicado por Constantino, Budæus, etc. e aqueles de Hadrian Junius, Plantinus, Scapula, Stephens, Schrevelius, Stockius, e outros; além de um grande número de críticos; como Beza, Casanbon, Witsius, etc. que possam ser pro-duzidos. Por cujos testemunhos unânimes a coisa está fora de questão. Tivessem os nos-sos tradutores, em vez de adotar a palavra grega baptizo em todos os lugares onde a ordenança do Batismo é mencionada, fielmente a traduzido, e não a deixado não traduzida, como eles fizeram, a controvérsia sobre a maneira de batizar estaria finalizada, ou melhor, teria sido evitada; se eles tivessem usado a palavra imergir, em vez de batizar, como eles deveriam ter feito, não haveria nenhum espaço para um questionamento sobre isso.
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Tivessem os nossos tradutores, em vez de adotar a palavra grega baptizo em todos os lugares onde a ordenança do Batismo é mencionada, fielmente a traduzido, e não a deixado não traduzida, como eles fizeram, a controvér-sia sobre a maneira de batizar estaria finalizada, ou melhor, teria sido evita-da; se eles tivessem usado a palavra imergir, em vez de batizar, como eles deveriam ter feito, não haveria nenhum espaço para um questionamento sobre isso.
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4b. Que o Batismo foi realizado por imersão, evidencia-se pelos locais escolhidos para a administração do mesmo; como o rio Jordão, por João, onde ele batizou a muitos, e onde o próprio Senhor foi batizado por ele (Mateus 3:6, 13, 16), mas por que ele escolheria o rio para batizar, e batizar nele, se ele não administrasse a ordenança por imersão? Fosse isso feito de outra maneira, não haveria motivo para qualquer confluência de água, muito menos de um rio [17]; uma bacia de água seria suficiente. João também, é dito: “batizava também em Enom, junto a Salim, porque havia ali muitas águas” (João 3:23), o que era conveniente para o Batismo, pelo que é dada esta razão; e não por conveniência, para a bebida para os homens e seus animais, o que não é expresso nem implícita; a partir do que podemos nos reunir, como Calvino o faz sobre o texto: “Esse Batismo foi realizado por João e Cristo, mergulhando todo o corpo sob a água”, e assim Piscator, Aretius, Grotius, e outros sobre a mesma passagem.
4c. Que esta era a maneira pela qual foi administrado antigamente, é claro a partir de vários casos de Batismo registrados nas Escrituras, e as circunstâncias de participação neles; como a de nosso Senhor, de quem se diz: “E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água” [Mateus 3:16], o que indica que ele esteve nela; e assim Piscator infere de seu sair dela, que, portanto, ele desceu ao interior dela, e foi batizado no próprio rio; do que a descida não seria de nenhuma necessidade, se a ordenança fosse administrada a ele de outra forma, como por aspersão ou derramamento de um pouco de água sobre a Sua cabeça, Ele e João permanecendo no meio do rio, como o pintor e escultor ridiculamente os descrevem.
E certo é que Ele foi, então, batizado, no Jordão, o evangelista Marcos diz “no Jordão” (Marcos 1:9), não nas margens do Jordão, mas nas águas do mesmo; razão pela qual Ele entrou, e quando batizado, “subiu” do mesmo, não “de”, mas “fora” dele; απο e εξ, significando o mesmo, como em Lucas 4:35, 41. Assim, a preposição é usada na versão Septuaginta do Salmo 40:2 e απο e εξ são “aequipollent”, como vários lexicógrafos de Xenofonte observam.
O Batismo do eunuco é um outro exemplo de Batismo por imersão, quando ele e Filipe “chegaram ao pé de alguma água” [Atos 8:36], ao lado da água, o que destrói uma pequena porção de crítica, como se eles entrassem na água, depois expresso, não era outro senão ir para a beira da água, a lado da água, visto que chegaram à esta antes, e o Batismo sendo concordado, “desceram ambos à água” [v. 38], tanto Filipe como o Eunuco, “e o batizou. E, quando saíram da água” [vv. 38-39]. Agora, nós não somente raciocinamos sobre as circunstâncias, mas: “desceram à água e saíram da água”, nós sabemos que as pessoas podem descer à agua, e sair dela, e nunca serem imersas nela; mas quando é dito expressamente sobre essas pessoas descendo à água, que Filipe batizou, ou mergulhou o eunuco, e quando isso foi feito, que ambos saíram dela, estas circunstâncias corroboram fortemente, sem a explicação da palavra “batizou”, que isso foi realizado por imersão; pois, estas circunstâncias, não podem concordar com qualquer outra forma de administrá-lo, senão esta. Pois, um homem, dificilmente pode ser pensado estar em seus sentidos, quem possa imaginar que Filipe desceu com o eunuco à água para aspergir ou derramar um pouco de água sobre ele e, em seguida, sair solenemente dela; portanto, como disse o erudito comentarista, Calvino, sobre este texto: “Aqui vemos claramente qual era a maneira de batizar dos antigos, pois eles mergulhavam o corpo inteiro na água; agora, o costume adquirido, o ministro apenas asperge o corpo ou a cabeça”. Assim, Barnabé [18], um escritor apostólico do primeiro século, e que é mencionado em Atos dos Apóstolos, como um companheiro do apóstolo Paulo, descreve o Batismo pelo descer à e por subir da água: “Nós descemos”, diz ele, “na água cheios de pecado e sujeira; e subimos, produzindo frutos no coração, tendo temor e esperança em Jesus, por meio do Espírito”.
4d. O fim do Batismo, que é representar o sepultamento de Cristo, não pode ser atendido de qualquer outra forma que não pela imersão, ou cobrir o corpo em água; que o Batismo é um emblema do sepultamento de Cristo, é claro a partir de Romanos 6:4 e Colossenses 2:12. Seria interminável citar o grande número, mesmo de escritores “pedobatistas”, que ingenuamente reconhecem que esta alusão a essas passagens, é o antigo rito por imersão; como ninguém, senão tais que estão mortos são enterrados, assim também ninguém, senão tais que estão mortos para o pecado e para a Lei pelo corpo de Cristo, ou que professam ser assim, devem ser enterrados no e pelo Batismo, ou ser batizados; e como ninguém pode propriamente dito ser enterrado, a menos que sob a terra, e coberto com terra; assim, ninguém pode ser dito batizado, senão os tais que são colocados debaixo de água, e cobertos com ela; e nada menos do que isso pode ser uma representação do enterro de Cristo, e nosso com ele; não aspergindo ou derramando um pouco de água no rosto; pois, um cadáver não pode ser dito ser enterrado quando apenas um pouco de terra ou pó é polvilhado ou vertido sobre ele.
4e. Isto pode ser concluído a partir dos vários Batismos figurativos e típicos mencionados nas Escrituras. Como,
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A partir das águas do dilúvio, o que Tertuliano chama de: o batismo do mundo, e do qual o apóstolo Pedro faz do Batismo o antítipo (1 Pedro 3:20-21). A arca em que Noé e sua família foram salvos pela água, foi ordenança de Deus; foi feita de acordo com o padrão que Ele deu a Noé, como o Batismo o é; e como aquele foi o objeto de escárnio dos homens, assim é a ordenança do Batismo, quando administrada corretamente; e como esse representou um sepultamento, quando Noé e sua família foram cerrados nele, assim é com o Batismo; e quando as fontes do grande abismo foram abertas abaixo, e as janelas dos céus se abriram acima, a arca, com aqueles no interior, fora, como acontece neste, coberta e imersa em água; e assim era uma figura do Batismo por imersão, e como não havia ninguém, senão pessoas adultas na arca, que se salvaram da água dentro dela, assim ninguém, senão pessoas adultas são os sujeitos apropriados para o Batismo em água; e embora houvesse alguns que estavam na arca, isso foi assistido com um efeito salutar para eles, eles se salvaram pela água [1 Pedro 3:20]; assim, os tais que verdadeiramente creem em Cristo e são batizados, serão salvo, e isso “pela ressurreição de Jesus Cristo”, que foi tipificada pela saída de Noé e sua família da arca; Da qual o Batismo, como o antítipo, corresponde, sendo um emblema da mesma (Romanos 6:4-5; Colossenses 2:12).
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4e1. A partir das águas do dilúvio, o que Tertuliano chama [19] de: o batismo do mundo, e do qual o apóstolo Pedro faz do Batismo o antítipo (1 Pedro 3:20-21). A arca em que Noé e sua família foram salvos pela água, foi ordenança de Deus; foi feita de acordo com o padrão que Ele deu a Noé, como o Batismo o é; e como aquele foi o objeto de escárnio dos homens, assim é a ordenança do Batismo, quando administrada corretamente; e como esse representou um sepultamento, quando Noé e sua família foram cerrados nele, assim é com o Batismo; e quando as fontes do grande abismo foram abertas abaixo, e as janelas dos céus se abriram acima, a arca, com aqueles no interior, fora, como acontece neste, coberta e imersa em água; e assim era uma figura do Batismo por imersão, e como não havia ninguém, senão pessoas adultas na arca, que se salvaram da água dentro dela, assim ninguém, senão pessoas adultas são os sujeitos apropriados para o Batismo em água; e embora houvesse alguns que estavam na arca, isso foi assistido com um efeito salutar para eles, eles se salvaram pela água [1 Pedro 3:20]; assim, os tais que verdadeiramente creem em Cristo e são batizados, serão salvo, e isso “pela ressurreição de Jesus Cristo”, que foi tipificada pela saída de Noé e sua família da arca; Da qual o Batismo, como o antítipo, corresponde, sendo um emblema da mesma (Romanos 6:4-5; Colossenses 2:12).
4e2. A partir da passagem dos Israelitas sob a nuvem e pelo mar, quando “todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar” (1 Coríntios 10:1-2). Há várias coisas neste relato que concordam com o Batismo; como o seguir do povo a Moisés, que os dirigiu para o mar, e ia adiante deles; assim o Batismo é um seguir a Cristo, que deu um exemplo para que sigamos Seu exemplo; e como os Israelitas foram batizados em Moisés, assim os crentes são batizados em Cristo, e revestem-se dEle; e essa passagem deles foi após a sua saída do Egito, e no início de sua jornada através do deserto para Canaã; assim o Batismo é administrado aos crentes, em sua primeira vinda das trevas e da escravidão, pior do que a egípcia, e quando entram inicialmente em sua peregrinação Cristã; e como a alegria seguiu a anterior: “Então cantou Moisés e os filhos de Israel”, e etc. [Êxodo 15:1], assim, muitas vezes se segue após a última; o eunuco, após o Batismo, jubiloso seguiu o seu caminho, mas principalmente essa passagem era uma figura do Batismo por imersão; como os Israelitas estavam “debaixo da nuvem”, e assim por debaixo de água, e cobertos com ela, assim são os batizados por imersão; “e passaram pelo meio do mar”, isso de pé como uma parede em ambos os lados deles, com a nuvem sobre eles; assim, cercados eles estavam, como pessoas imersas em água, e assim são ditos ser batizados; e, assim, Grotius comenta sobre a passagem.
4e3. A partir das várias lavagens, banhos ou batizados dos judeus; chamados de “vários”, por causa das diferentes pessoas e coisas lavadas ou mergulhadas, como o mesmo Grotius observa; e não por causa de diferentes tipos de lavagem, pois não há, senão uma maneira de lavar, e esta é por meio de imersão; o que tem apenas um pouco de água aspergida ou derramada sobre ele não pode ser dito ser lavado; os judeus tinham suas aspersões, que eram distintas das lavagens ou banhos, que sempre foram realizados por imersão; é uma regra, entre eles, que: “onde quer que na lei a lavagem da carne, ou das roupas, seja mencionada, isso não significa nada mais do que ????? ?? ???? ‘a imersão do corpo inteiro’ em uma pia — se qualquer homem imerge por inteiro a si mesmo, exceto a ponta de seu dedo mínimo, ele ainda está em sua impureza” [20], isto de acordo com eles.
4e4. A partir dos sofrimentos de Cristo sendo chamados de batismo: “Importa, porém, que seja batizado com um certo batismo” (Lucas 12:50), não o Batismo nas águas, nem o Batismo do Espírito Santo, pois Ele já havia sido batizado com ambos, mas o batismo de seus sofrimentos, que ainda estava por vir, Ele estava desejoso deles; estes são chamados assim em alusão ao Batismo, pois é uma imersão, e é expressiva da abundância dos sofrimentos, às vezes representados por águas profundas, e torrentes de águas, e Cristo é representado como imerso nelas, coberto e oprimido por elas (Salmos 62:7; 69:1-2).
4e5. A partir da doação extraordinária do Espírito Santo, de Seus dons e de Sua descida sobre os apóstolos no dia de Pentecostes, que é chamado de “batismo” (Atos 1:5, 2:1-2) expressivo da grande abundância deles, dos dons, em alusão ao Batismo ou imersão, em sentido apropriado, como o erudito Casaubon [21] observa: “Uma consideração é feita neste lugar ao significado apropriado da palavra βαπτιζειν, imergir ou mergulhar; e, nesse sentido, os apóstolos são verdadeiramente dito serem batizados, pois a casa em que isso ocorreu, foi cheia do Espírito Santo; de modo que os apóstolos pareciam estar mergulhados nela, como em alguma piscina”.
Todos os batismos típicos e figurativos, servem para fortalecer o sentido adequado da palavra, uma vez que significam uma imersão e mergulho do corpo em, e cobrindo-o em água, o que somente pode se adequar à figura usada. Nem este sentido da palavra deve ser anulado ou enfraquecido pelo uso dela em Marcos 7:4 e Lucas 11:38, no primeiro caso, é dito: “se não se lavarem, βαπτιζωνται, batizarem, ou imergirem-se, não comem”, e nele a menção feita é de βαπτισμων “lavagens ou imersões” de copos e potes, vasos de bronze e de mesas ou camas; e no segundo, o fariseu é dito se maravilhar com Cristo, que Ele não havia primeiro εβαπτισθη, “se lavara, ou imergira, antes de jantar”, tudo o que está de acordo com as tradições supersticiosas dos anciãos, aqui referidas, e que ordenavam a imersão em todos os casos e instâncias mencionados, e assim servem, apenas para confirmar mais ainda o sentido da palavra defendida; pois os fariseus, ao tocarem as pessoas comuns ou suas roupas, em seu retorno do mercado, ou de qualquer tribunal de juiz, eram obrigados a mergulharem-se em água antes de comer; e assim os judeus samaritanos [22]: “Se os Fariseus”, diz Maimônides [23], “apenas tocarem as vestes das pessoas comuns, eles todos se contaminavam imediatamente, como se tivessem tocado uma pessoa imunda, e precisavam de imersão”, ou eram obrigados a isso; e Scaliger [24], a partir dos judeus observa: “que a parte mais supersticiosa deles, todos os dias, antes de se sentaram à mesa, molhavam todo o corpo; daí a admiração Fariseus diante de Cristo” (Lucas 11:38).
E não somente os copos, potes e vasos de bronze eram lavados por imersão, ou colocados em água, desta forma também os vasos impuros eram lavados de acordo com a Lei (Levítico 11:32), mas até camas, travesseiros e almofadas, imundos em um sentido cerimonial, eram lavados desta forma de acordo com as referidas tradições dos anciãos; pois eles dizem [25]: “Uma cama que está totalmente corrompida, mas se um homem a ‘mergulha’, parte por parte, então a purifica”. Mais uma vez [26]: “Se ele ‘mergulha a cama’ nela (numa piscina de água), embora seus pés sejam mergulhados no espesso barro (no fundo da piscina) a cama está limpa”. E quanto aos travesseiros e almofadas, assim eles dizem [27]: “Um travesseiro ou uma almofada de pele, quando um homem levanta a boca deles para fora da água, a água que está neles será retirada; o que deve ser feito? Ele deve ‘mergulhá-los’ e levantá-los por suas franjas”.
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As objeções contra o Batismo por imersão, retiradas de alguns casos de Batismo registrados nas Escrituras, não possuem nenhuma força; como o caso dos três mil, em Atos 2, não em relação ao seu número; pode-se observar que, embora estes foram acrescentados à igreja em único e mesmo dia, não se segue que foram batizados em um dia; mas se eles fossem, havia doze apóstolos para administrar a ordenança, e que era, apenas duzentas e cinquenta pessoas para cada um; e, além disso, havia setenta discípulos [Lucas 10:1], administradores do mesmo; e supondo que eles fossem utilizados, o número seria reduzido para trinta e seis ou sete pessoas para cada e a diferença entre a imersão e aspersão é muito insignificante, uma vez que as mesmas palavras são usadas numa como na outra; e, portanto, podem ser feitas no mesmo dia, e em uma pequena parte dele também. Nem em relação à conveniência para a administração do mesmo; como água e locais desta, suficientes para batizar; aqui pode haver objeção, quando se observa, o número de banheiros privativos existentes em Jerusalém para a impureza cerimonial; muitas piscinas na cidade, e os vários aposentos e as coisas no templo, aptos para tal uso; como a sala de mergulho para o sumo sacerdote, o mar de fundição para os sacerdotes comuns, e as dez pias de bronze, cada uma das quais asseguravam quarenta banhos de água suficientes para a imersão de todo o corpo; tudo que eles poderiam ser permitidos utilizar, como eles eram do templo e “caíram na graça de todo o povo”.
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Assim, de acordo com essas tradições, as várias coisas mencionadas foram lavadas por imersão; e, em vez de enfraquecerem, fortalecem o sentido da palavra pleiteada. As objeções contra o Batismo por imersão, retiradas de alguns casos de Batismo registrados nas Escrituras, não possuem nenhuma força; como o caso dos três mil, em Atos 2, não em relação ao seu número; pode-se observar que, embora estes foram acrescentados à igreja em único e mesmo dia, não se segue que foram batizados em um dia; mas se eles fossem, havia doze apóstolos para administrar a ordenança, e que era, apenas duzentas e cinquenta pessoas para cada um; e, além disso, havia setenta discípulos [Lucas 10:1], administradores do mesmo; e supondo que eles fossem utilizados, o numero seria reduzido para trinta e seis ou sete pessoas para cada e a diferença entre a imersão e aspersão é muito insignificante, uma vez que as mesmas palavras são usadas numa como na outra; e, portanto, podem ser feitas no mesmo dia, e em uma pequena parte dele também [28]. Nem em relação à conveniência para a administração do mesmo; como água e locais desta, suficientes para batizar; aqui pode haver objeção, quando se observa, o número de banheiros privativos existentes em Jerusalém para a impureza cerimonial; muitas piscinas na cidade, e os vários aposentos e as coisas no templo, aptos para tal uso; como a sala de mergulho para o sumo sacerdote, o mar de fundição para os sacerdotes comuns, e as dez pias de bronze, cada uma das quais asseguravam quarenta banhos de água suficientes para a imersão de todo o corpo; tudo que eles poderiam ser permitidos utilizar, como eles eram do templo e “caíram na graça de todo o povo”; não com relação a roupas, e peças de roupas; isso era apenas todo mundo provendo e trazendo mudança de vestuário para si mesmo.
Outro exemplo que se opõe a imersão é o do Batismo de Saulo (Atos 9:18), deveria ser feito na casa onde ele estava, mas isso não necessariamente se segue, mas, sim, o contrário; uma vez que ele “levantou-se” do lugar onde ele estava, a fim de ser batizado; e se admitido que foi realizado em casa, é altamente provável que havia uma banheira na casa, em que este podia ser realizado; uma vez que era a casa de um judeu, com quem era usual ter banhos para lavar todo o corpo em certas ocasiões; e se tivesse sido realizado por aspersão ou derramamento de um pouco de água sobre ele, ele não precisaria levantar-se para este propósito. Além disso, ele não foi apenas ordenado a levantar-se e ser batizado, o que soaria muito estranho se feito, “seja aspergido” ou batizado por “derramamento” (Atos 22:16), mas ele mesmo diz, que ele, com os outros, foi “sepultado pelo” ou “no batismo” (Romanos 6:4).
Ainda outro exemplo é o do carcereiro e sua família (Atos 16:33), em cujo relato não há nada que torne improvável que isso tenha sido por imersão; pois parece ser um caso claro, que o carcereiro, após sua conversão, levou os apóstolos da prisão para a sua própria casa, onde eles pregaram a ele e à sua família (Atos 16:32), e depois disso eles saíram da sua casa, e ele e os seus foram batizados, muito provavelmente no rio fora da cidade, onde se costumava fazer oração (Atos 16:13), pois é certo que, após o Batismo dele e de sua família, ele trouxe os apóstolos para sua casa novamente, e pôs a mesa diante deles (Atos 16:33-34). Ao todo, essas instâncias produzidas falham ao mostrar a improbabilidade do Batismo por imersão; o que deve evidenciar-se claro e manifesto a todo leitor atento de sua Bíblia, não obstante tudo o que tem se oposto à imersão. A próxima coisa a ser considerada é,
5. Em quinto lugar, a forma em que esta ordenança deve ser administrada; que é “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28:19), contém em si uma prova de uma Trindade de Pessoas na unidade da essência Divina, da Divindade de cada Pessoa e de Sua igualdade, e distinção entre Si; e demonstra que esta ordenança é realizada sob a autoridade de todos os Três; em que uma pessoa se submete a Ele, expressa a sua fé nEles, e invoca-Os, e entrega-se a Eles; obrigando-se a prestar obediência ao que Eles exigem dele, bem como colocando-se ao Seu cuidado e proteção. Esta forma é, por vezes, um pouco variada e expressa de outra forma; como, por vezes, apenas “em nome do Senhor Jesus” (Atos 8:16), que é uma parte da forma para o todo; e inclui nela a substância da mesma, e do Batismo Cristão; e tudo relacionado à Pessoa e ofícios de Cristo, e Sua relação e conexão com as outras duas Pessoas. Cornélio e sua família foram ordenados a serem batizados “em nome do Senhor” (Atos 10:48), isto é, em nome de Jeová: Pai, Filho e Espírito; pois κυριος, isto é, Senhor, no Novo Testamento, corresponde a Jeová no Antigo. A forma de Batismo em Mateus 28:19 é em o nome do “Pai, do Filho e do Espírito Santo”, cujo único nome denota a Deidade única, poder e substância do Pai, do Filho e do Espírito; a igual dignidade, reino coeterno, e do governo das Três Pessoas perfeitas; como está expresso na epístola sinodal do concílio geral em Constantinopla [29].
6. Em sexto lugar, as finalidades e os usos para os quais o Batismo é indicado, e que são respondidos por ele.
6a. Uma finalidade mesmo, e uma das principais, como tem sido frequentemente sugerido, é representar os sofrimentos, sepultamento e ressurreição de Cristo; que é clara e totalmente sugerido em Romanos 6:4-5 e Colossenses 2:12. Seus sofrimentos são representados por entrar na água, e ser submerso pela mesma, Seu enterro por um curto espaço de permanência sob ela, e sendo coberto com ela, e sua ressurreição por uma emersão dela.
6b. Isso foi praticado tanto por João e pelos apóstolos de Cristo, para a remissão dos pecados (Marcos 1:4; Atos 2:38), não que isso seja a aquisição e causa meritória do mesmo, pois pertence somente ao sangue de Cristo; mas quem se submete a ele, pode, por meio dele, ser conduzido, dirigido e incentivado a esperar isso da parte de Cristo. E assim,
6c. Da forma semelhante para a lavagem do pecado, e purificação a partir dele: “Levanta-te, e batiza-te, e lava os teus pecados, invocando o nome do Senhor” (Atos 22:16), isso somente é realmente feito pelo sangue de Cristo, que purifica de toda iniquidade; o Batismo nem lava o pecado original, nem o atual, ele não tem essa virtude em si [30]; mas é um meio de apontar para Cristo, o Cordeiro de Deus, que, pelo Seu sangue e sacrifício expiatório, expurgou e continua a tirar os pecados dos homens.
6d. Um uso salutar e salvífico é atribuído a ele: “Que também, como uma verdadeira figura, agora vos salva, o batismo”, pode ser perguntado agora, por que meios? A resposta segue: “pela ressurreição de Jesus Cristo” (1 Pedro 3:21), isto é, conduzindo a fé da pessoa batizada a Cristo, como liberta de seus crimes, e como ressurreta para sua justificação.
6e. Na mesma passagem é dito ser deste uso e servir a esse propósito: “indagação de uma boa consciência para com Deus”; um homem que acredita que o Batismo é uma ordenança de Deus, e se submete a ele, como tal, adquire uma boa consciência, a consequência disso é alegria e paz; pois embora “por” guardar os mandamentos de Deus não haja recompensa, ainda assim, há “em” guardá-los; e esta é a sua recompensa, o testemunho de uma boa consciência, pois grande paz têm aqueles que amam a Deus e guardam os Seus mandamentos.
6f. Prestar obediência a esta ordenança de Cristo, é uma prova de amor a Deus e a Cristo (1 João 5:3), e tal que a partir de um princípio de amor a Cristo guardamos os Seus mandamentos, podemos esperar, segundo a Sua promessa, ter revigoradas manifestações de Seu amor e de Seu Pai, e ter comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito (João 14:15, 21, 23). Este é um fim a ser tido em vista, quando se dispõe a obediência em relação ao Batismo, e que deve verdadeiramente motivar alguém.
NOTAS:
[1] Deut. Doutrina Cristã, l. 3, c. 9.
[2] Vid. Socin. Disp. Do Batismo, c. 15, 16, 17.
[3] Veja a Dissertação Sobre o Batismo de Prosélitos Judeus […]
[4] Comentário em Mateus p. 372, 375.
[5] Comentário em Mateus 28:19.
[6] Contra Arian. orat. 3. p. 209.
[7] Batismo de Infantes, Um Serviço Razoável, p. 14, 15.
[8] Exposição e Vindicação de Bostwick sobre o Batismo Infantil, p. 19.
[9] Veja a minha exposição de 1 Coríntios 6:14. Veja os comentários sobre 1 Coríntios. 7:14.
[10] História Eclesiástica, l. 1. c. 4.
[11] Veja meus tratados: “O argumento da Tradição Apostólica em Favor do Batismo Infantil, Considerado”; e “AntipedoBatismo, ou Batismo Infantil, uma inovação”, e outros.
[12] “Quod longinquitas temporis objicitur, major suspicio eo, debet inesse, illas emanasse traditiones um apostolis Pseudo; qui mirandum em modum conturbaverunt sanctos apostolos; quo magis cavendum est, viri Christiani”. Aonii Palearii Testimonium, c. 2. p. 238.
[13] “consuetudo sine veritate vetustas erroris est”, Cipriano. epist. 74. p. 195.
[14] Ensaio Para Restaurar a Imersão de Crianças no Batismo, p. 44.
[15] Institutas l. 4. c. 15. s. 19.
[16] Opera, vol. 6. col. 2008.
[17] Alguns representam o rio Jordão, a partir do relato de Sandys sobre ele, como se fosse um rio raso, e insuficiente para imersão; mas o que Sandys diz sobre ele é somente que não era navegavelmente profundo, não acima de oito braças largos, nem, exceto, por acidente, impetuoso. Viagens, b. III. p. 110. Ed. 5. Mas observem, Maundrel diz, por sua amplitude, ele pode ter cerca de mais de vinte metros, e em profundidade que excedia em muito a sua altura. Viagem de Aleppo, etc. p. 83. ed. 7. vid. Reland. de Palestina, l. 1. p. 278. E Adamnan em ib. E, por conseguinte, deve ser suficiente para a imersão. E Estrabo fala de navios de carga navegando através do Jordão, Geográfica. l. 16. p. 519. E que ele era um rio a nado, e navegável, de acordo com os escritores judeus, ver Gill em “Mateus 3:5”.
[18] Ep. c. 9. p. 235. Ed. Voss.
[19] Deut. Batismo, c. 8.
[20] Maimon. Hilchot Mikvaot, c. 1. s. 2.
[21] Em Atos 1:5.
[22] Epiph. Contra Heresias. l. 1. Heresias. 9.
[23] Em Misn. Chagigah, c. 2. s. 7.
[24] Deut. Emend. Temp. l. 6. p. 771.
[25] Maimon. Hilchot Celim. c. 26. s. 14.
[26] Misn. Mikvaot, c. 7. s. 7.
[27] Ibid. s. 6.
[28] Dez mil foram batizados em um dia por Agostinho, o monge, no rio Swale, se os nossos historiadores devem ser cridos. Atos e Monumentos de Fox, vol. i. p. 154. Ranulph. Polychron. l. 5. c. 10. Os doze filhos de Wolodomir, Grande Príncipe da Rússia, com vinte mil russos, no século X, foram batizados em um dia, por um missionário de Fócio, o patriarca; e os antigos russos não permitiriam que nenhuma pessoa fosse um Cristão, a menos que tivesse sido mergulhada completamente debaixo de água. Strahlenberg. História Geográfica. Descrit. do Norte e leste da Europa e Ásia, cap. 8. p. 283, 286. Vid. Fabricii Lux Evangel. p. 475. Nenhuma expectativa duvidosa foi feita em ambos os casos; estes apenas mostram quantos podem ser batizados em um dia.
[29] Apud. Theodorit. Hist. Ecl. l. 5. c. 9 Esta forma foi primeiramente alterada e corrompida por Marcos, o herege, e seus seguidores, no século II; que batizavam em nome do desconhecido Pai de todos; em verdade, a mãe de todos; pois ele que desceu em Jesus; em união e redenção, e comunhão de poderes: o mesmo também primeiro mudou e corrompeu o modo; tomando uma mistura de óleo e de água, vertida na cabeça, e, em seguida, untando com bálsamo. Vide Ireneu Contra Heresias. l. 1. c. 18.
[30] “Non enim aqua lavat animam, sed ipsa prius lavatur a Spiritu”, Aonii Palearii Testimonium, c. 2. p. 24.