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Deus Enviou Seu Filho Por Amor de Vis Pecadores Indignos | Por Paul Washer

Deus Enviou, Embora O Homem Não Buscasse

John Flavel escreve: “Vejamos quão livremente este dom veio a partir dEle: Não foi arrancado de Sua mão por nossa insistência; pois, nós tão pouco desejávamos quanto mere-cíamos” (Obras, Vol. 1, p. 68).

Charles Spurgeon escreve: “Nós nunca enviamos a Ele; Ele enviou para nós. Suponha que, depois que todos tivéssemos pecado, tivéssemos caído de joelhos, clamado importuna-mente, ‘Ó, Pai, perdoa-nos!’. Suponha que dia após dia estivéssemos, com muitas tristes lágrimas e clamores, suplicando e pedindo perdão de Deus. Seria grande amor que Ele, então, encontrasse uma forma de perdoar-nos. Mas não; ocorreu o contrário. Deus enviou um embaixador de paz para nós; nós não enviaríamos nenhum embaixador a Ele. O homem virou as costas para Deus, e prosseguiu afastando-se para mais longe e mais longe dEle, e nunca pensou em voltar o seu rosto para seu melhor Amigo. Não é o homem que suplica a Deus por salvação; é, se é que posso ousar dizê-lo, como se o próprio Deus Eterno implorasse que Suas criaturas sejam salvas. Jesus Cristo não veio ao mundo para ser busca-do, mas para buscar o que está perdido. Tudo começa com Ele. Não buscado, sem ser solicitado pelo objeto de Sua compaixão, Jesus veio ao mundo” (MTP, Vol. 42, p. 29).

Os Fundamentos Apropriados Para A Glória

Octavius ​​Winslow escreve: “O homem sábio deve deixar de gloriar-se na sua sabedoria, o homem poderoso deve deixar de gloriar-se na sua força, o homem rico deve deixar de gloriar-se nas suas riquezas, e seu único fundamento de glória neles mesmos deve ser a sua insuficiência, debilidade, pobreza e fraqueza. Seu único fundamento de glória fora deles mesmos deve ser que ‘Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que crê não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3:16)’” (Evening Thoughts [Pensamentos Noturnos], p. 330).

João Calvino escreve: “Essa é a ambição ímpia que pertence à nossa natureza, que, quando a questão refere-se à origem da nossa salvação, nós rapidamente formamos imaginações diabólicas sobre nossos próprios méritos. Assim, imaginamos que Deus é reconciliado conosco, porque Ele tem nos considerado dignos, de modo que Ele deve olhar para nós. Mas as Escrituras, em todas as passagens, exaltam a Sua misericórdia pura e sem mistura, a qual deixa de lado todos os méritos… E, de fato, é muito evidente que Cristo falou dessa maneira, a fim de atrair os homens da contemplação de si mesmos a olharem para a misericórdia de Deus somente. Ele não diz que Deus foi movido a libertar-nos porque Ele percebeu em nós algo que era digno de tão excelente bênção, mas atribui a glória de nossa libertação inteiramente ao Seu amor” (CC, Vol. 17, p. 123).

Charles Spurgeon escreve: “Por que razão Deus deu Seu Filho unigênito para sangrar em nosso lugar? Nós éramos vermes pela insignificância, éramos víboras pela iniquidade; se Ele nos salvou, nós éramos dignos da salvação? Nós éramos tais infames traidores que se Ele nos condenasse ao fogo eterno, nós poderíamos ser exemplos terríveis de Sua ira; mas o Amado do Céu sangra para que traidores da terra não sangrem. Diga; diga isso no Céu, e o anuncie em todas as ruas de ouro a cada hora de cada dia glorioso, que tal é a graça de Deus “que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna’” (MTP, vol. 56, p. 303).

Samuel Davies escreve: “Ó! Não foi isso amor; livre, rico, imerecido amor que proveu um Salvador para os culpados filhos dos homens?… Ó amor, o que fizeste! Que maravilhas fizeste! Foi tu, amor todo-poderoso, que fizeste descer o Senhor da glória do Seu trono celestial, para morrer na cruz, um sacrifício expiatório pelos pecados do mundo!” (Davie’s Sermons, Vol. 1, p. 316).

O Imerecido Amor De Deus

Possivelmente, o aspecto mais surpreendente, mesmo assombroso do amor de Deus é que ele é incondicional e imerecido. Deus é tão infinitamente grandioso que Ele deve condescender amar até mesmo a mais esplêndida de Suas criaturas. Portanto, é uma demonstração insondável de graça que Ele pudesse amar o homem caído, e que esse amor levaria à encarnação e morte de Seu Filho unigênito. Nosso reconhecimento de que o amor de Deus é totalmente imerecido é absolutamente essencial para qualquer compreensão adequada do mesmo. É somente na medida em que entendemos a depravação do homem e ausência de mérito que podemos compreender plenamente a natureza do amor de Deus que O levou a enviar o Seu Filho.

Thomas Manton escreve: “Nossas obras, quaisquer que sejam, tanto deveres para com Deus ou homem, não são a primeira causa ou estímulo para inclinar a Deus a mostrar-nos favor, ou a efetivar a nossa salvação. Não; esta honra deve ser reservada para a graça de Deus, que se move e causa tudo no empreendimento da nossa salvação. Foi a Sua graça que nos forneceu um Salvador” (Obras, Vol. 2, p. 404).

John Gill escreve: “Ele [o amor de Deus] não surgiu a partir de qualquer amabilidade neles; ou a partir de qualquer amor neles por Ele; nem de quaisquer obras de justiça feitas por eles, mas a partir de Sua própria vontade soberana e prazer” (EONT, Vol. 8, p. 451).

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Este é um excerto da obra “Uma Jornada no Evangelho“, por Paul David Washer.