❝Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo❞. (João 17:24)
Nada menos que a revelação e comunicação desta glória poderia satisfazer o coração de Deus; e nada menos do que participar dessa glória pode satisfazer o coração do homem. Um céu menor do que isso não seria um paraíso para a sua alma. Não ver a glória de Deus na face de Jesus Cristo, não ter visão da glória de um Deus encarnado, não ser conformado à Sua imagem gloriosa de modo a ser perfeitamente santo, tanto no corpo quanto na alma – se essas coisas fossem negadas, não haveria céu para os redimidos entre os filhos dos homens. Mas Deus, ao dar aos santos o céu como o seu lar feliz, deu a eles um eterno peso de glória. Ele planejou que todos os que Ele escolheu para a salvação chegassem à pátria celestial; que ninguém deveria sofrer uma naufrágio e que o pecado não seria a sua ruína; que Satanás não deveria ter sucesso em nenhum de seus ataques contra a segurança eterna deles; mas que todo membro do corpo místico de Cristo esteja para sempre com a Sua cabeça gloriosa nos reinos da bem-aventurança, a fim de contemplar e ser participante da glória que será revelada quando Ele vier com todos os Seus santos com Ele.
É a perspectiva dessa glória eterna que anima o cristão em todas as suas batalhas contra o pecado e o encoraja a nunca deixar o campo até que a vitória seja coroada. Isso comove o seu coração em todas as aflições e provações deste estado mortal, enquanto avança para ganhar esse prêmio imortal, para que ele possa alcançar com segurança a terra onde as lágrimas são enxugadas de todas as faces e onde a glória de Deus Pai, Deus, o Filho, e Deus, o Espírito Santo, serão vistas e desfrutadas através da humanidade glorificada de Jesus, sem uma nuvem para escurecer os seus raios ou impedir o seu brilho eterno.
Sobre o autor
J.C. Philpot
Joseph Charles Philpot (1802–1869) era conhecido como “o Separatista”. Foi um pastor, teólogo, escritor e editor. Ele se demitiu da Igreja da Inglaterra em 1835 e tornou-se um batista estrito e particular. Enquanto estava na Igreja da Inglaterra, foi um membro do Worchester College, em Oxford, e parecia ter uma carreira acadêmica brilhante. A carta que enviou para o reitor afirmando suas razões para deixar a Igreja da Inglaterra foi publicada e teve várias edições. Após isso ele se tornou um batista estrito e particular, e foi batizado por John Warburton em Allington (Wilts). O resto de sua vida foi gasto ministrando entre os batistas estritos. Por 26 anos, teve um pastorado conjunto em Stamford (Lines) e Oakham (Rutland). Além disso, por mais de 20 anos, foi editor de “The Gospel Standard”, onde muitos de seus sermões apareceram pela primeira vez.
“Meu desejo é exaltar a graça de Deus, proclamar a salvação através de Jesus Cristo somente; declarar a condição pecaminosa, miserável e desesperada do homem em seu estado natural; descrever a experiência vívida dos filhos de Deus em suas aflições, tentações, tristezas, consolações e bênçãos.” — J.C. Philpot