❝Clamarei ao Deus altíssimo, ao Deus que por mim tudo executa.❞ (Salmos 57:2)
Na palavra “Altíssimo” há algo muito expressivo para mim. É ao “Deus Altíssimo” que as orações sobem a partir de corações contritos em todas as partes do mundo onde o Senhor tem um povo vivificado. “Ao Deus Altíssimo” todo olho se volta, todo coração está fixo e todo sopro da oração viva flui. Jesus se senta na glória como “Deus Altíssimo”, ouvindo os suspiros e os clamores de sua família de coração quebrantado, onde eles habitam nos lugares mais extremos da terra; e Ele não está apenas sentado no alto para ouvir os seus gemidos, mas também para lhes conceder as bênçãos que Ele considera adequadas ao seu caso e estado.
Agora, quando é que chegaremos “ao Deus Altíssimo”? Quando estamos contentes e satisfeitos no EU? Quando o mundo sorri? Quando todas as coisas são fáceis interna e externamente? Quando estamos em circunstâncias que segundo a nossa própria sabedoria, força e justiça são muito suficientes? Podemos, nessas circunstâncias, apaziguar nossa consciência pela oração, ou melhor, em sua forma; mas não há um “clamor ao Deus Altíssimo”. Antes que exista um clamor espiritual real, devemos ser levados a esse ponto: ” Olhei para a minha direita, e vi; mas não havia quem me conhecesse. Refúgio me faltou; ninguém cuidou da minha alma” (Salmo 142:4). Todos os santos do passado foram conduzidos a este ponto. Jó no seu monte de cinzas, Ezequias no seu leito de enfermidade, Ana na porta do templo. Todos estavam sem esperança, desamparados, sem abrigo, sem refúgio, antes de clamarem “ao Deus Altíssimo”. E devemos estar igualmente sem refúgio e sem abrigo antes que possamos proferir o mesmo clamor, ou nossas orações não se dirigirão aos ouvidos do Senhor Todo-Poderoso.
“Ao Deus que por mim tudo executa”. Se Deus não fez algo por nós; digo, se Deus não fez todas as coisas por nós, seria uma zombaria, uma ilusão orar a Ele. “A esperança de Israel” seria para nós como um ídolo vão, como Astarote ou Baal, que não podiam ouvir os clamores dos seus adoradores que se cortavam, porque estavam caçando ou dormindo, e precisavam ser despertados. Porém o Deus de Israel não é como esses idolos vãos, esses deuses do monte de cinzas, da obra das mãos dos homens, produtos da superstição e da ignorância; Ele é o eterno Jeová, que vive para sempre para ouvir e responder as orações que Seu povo oferece.