❝ Para que eu veja os bens de teus escolhidos❞ (Salmos 106:4)
Você já viu algum bem nos escolhidos de Deus? Oh! “Quão formosas são as tuas tendas, ó Jacó, as tuas moradas, ó Israel!”. Você já viu com que bem Deus abençoou o Seu povo, e como é bom ser um deles? Todo o povo de Deus vê que existe um “bem” na família escolhida por Deus, peculiar a eles, e pelo qual eles suspiram e desejam. Mas alguns dirão: Davi nunca viu esse bem quando escreveu este Salmo? Sim certamente; ele o tinha visto. Mas Davi não precisava vê-lo de novo? Sim; ele perdera a visão, a doce visão que se retirara, o velho véu voltou, os olhos estavam obscurecidos e precisavam ser “ungidos” novamente.
Assim é conosco. Por vezes nós vemos, nós confiamos no “bem dos escolhidos de Deus”, sentimos nossas afeições atraídas para eles, e nos dirigimos para Deus, e dizemos: “Quem tenho eu no céu senão a ti? e na terra não há quem eu deseje além de ti”. Isso foi para desfrutarmos dos doces presságios do céu. Mas todos esses doces presságios se tornaram nebulosos; nevoeiros e névoas pousaram sobre eles e os esconderam de nossos olhos.
Um novo pecado trouxe uma nova culpa – e trevas, mortes, dúvidas, tentações, medos e assaltos de vários tipos nos sobrevieram – e tudo isso obscureceu nossa visão. Mas não podemos esquecer o passado; não podemos esquecer os momentos solenes em que andamos com Deus e falamos com Deus, nem os doces sentimentos que a Sua presença acendeu.
Por mais obscurecidos que estejamos, por mais mortos, por mais desconsolados, afligidos, assediados e tentados – não podemos esquecer disso. E tendo “visto o bem dos escolhidos de Deus”, queremos ver novamente o bom vislumbre, provar novamente daquele banquete celestial. “Para que eu veja os bens de teus escolhidos”.