❝O Senhor te ouça no dia da angustia o nome do Deus de Jacó te proteja. Envie-te socorro desde o seu santuário, e te sustenta desde Sião.❞ (Salmos 20:12)
A alma precisa de ajuda do santuário quando tem que passar pela hora da tentação. E nada além da ajuda do santuário pode ajudá-la a passar pela tentação. Qualquer outra ajuda deixa a alma exatamente onde a encontrou. Agora, porque o Senhor envia ajuda do santuário, senão porque a alma para quem a ajuda é enviada tem uma participação salvífica no amor do Pai, no sangue do Salvador e nos ensinamentos do Espírito Santo — uma participação salvífica nas transações da aliança eterna do triuno Yahwéh? Ele envia ajuda desde o santuário porque o nome dessa alma foi registrado desde a eternidade no livro da vida do Cordeiro, escrito nas palmas de Suas mãos, trazido sobre os Seus ombros e gravado em Seu coração.
A alma estava no santuário quando o seu Cabeça da Aliança Se levantou em seu favor, e no livro do Senhor todos os Seus membros foram escritos quando ainda nenhum deles existia. Virtualmente, ela esteve no santuário antes de todos os tempos, e estará pessoalmente lá no final dos tempos. Mas a alma deve ser “feita idônea para participar da herança dos santos na luz” (Colossenses 1:12), pois assim como ela é predestinada para habitar aquele santuário assim também deve ter uma natureza adequada para seus santos deleites. Ele agora está recebendo ajuda do santuário que lhe cabe habitar. Comunicações de vida e graça que fazem dela uma nova criatura, e produzem espiritualidade e uma mentalidade celestial. O sopro do céu em sua alma eleva suas afeições para o alto, afasta-a da terra e faz dela uma forasteira e peregrina aqui embaixo, alguém que está à procura da “cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus” (Hebreus 11:10).
Tradução por Juliana e Ana Beatriz Oliveira Meninel • Revisão por William Teixeira
Sobre o autor
J.C. Philpot
Joseph Charles Philpot (1802–1869) era conhecido como “o Separatista”. Foi um pastor, teólogo, escritor e editor. Ele se demitiu da Igreja da Inglaterra em 1835 e tornou-se um batista estrito e particular. Enquanto estava na Igreja da Inglaterra, foi um membro do Worchester College, em Oxford, e parecia ter uma carreira acadêmica brilhante. A carta que enviou para o reitor afirmando suas razões para deixar a Igreja da Inglaterra foi publicada e teve várias edições. Após isso ele se tornou um batista estrito e particular, e foi batizado por John Warburton em Allington (Wilts). O resto de sua vida foi gasto ministrando entre os batistas estritos. Por 26 anos, teve um pastorado conjunto em Stamford (Lines) e Oakham (Rutland). Além disso, por mais de 20 anos, foi editor de “The Gospel Standard”, onde muitos de seus sermões apareceram pela primeira vez.
“Meu desejo é exaltar a graça de Deus, proclamar a salvação através de Jesus Cristo somente; declarar a condição pecaminosa, miserável e desesperada do homem em seu estado natural; descrever a experiência vívida dos filhos de Deus em suas aflições, tentações, tristezas, consolações e bênçãos.” — J.C. Philpot