❝A muito que o Senhor me apareceu, dizendo: Porquanto, com amor eterno eu te amei; por isso com benignidade te atrai.❞ (Jeremias 31:3)
Não pode haver um pensamento novo na mente de Deus. Novos pensamentos, novos sentimentos, novos planos e novas resoluções ocorrem continuamente em nossas mentes; pois a nossa mente é constituída apenas de uma natureza pobre, caída, volúvel e mutável. Mas Deus não tem novos pensamentos, sentimentos, planos ou resoluções; porque, se tivesse, Ele seria um ser mutável, não um “EU SOU” grande, eterno e imutável. Portanto, todos os Seus pensamentos, todos os Seus planos, todos os Seus caminhos são como Ele mesmo, a saber, eternos, infinitos, invariáveis e imutáveis.
O mesmo acontece com o de cristo pela igreja, ele é eterno, imutável, inalterável. E por que? Porque Ele amou como Deus. Nunca percam de vista a divindade gloriosa de Jesus. Ele amava Sua igreja na eternidade como o Filho de Deus, antes de Sua encarnação. Sua encarnação foi apenas um fruto do seu amor. Então, não podemos atribuir nenhum começo ao amor de Cristo, pois seu desde que Ele próprio existiu, ou seja, desde a eternidade.
Tampouco podemos pôr fim a esse amor, pois ele só pode terminar consigo mesmo; e assim como ele não teve começo também não tem fim. O amor de Deus então, é como Ele mesmo, não teve começo e nem terá fim.
Ó que misericórdia é para aqueles que tem conhecimento experimental gracioso do amor de Cristo, para crer que é de eternidade a eternidade; que nenhum incidente de tempo, nenhuma tempestade de pecado ou satanás, pode mudar ou alterar esse amor eterno, mas que Ele permanece agora e permanecerá o mesmo por toda a eternidade!
Tradução por Juliana e Ana Beatriz Oliveira Meninel • Revisão por William Teixeira
Sobre o autor
J.C. Philpot
Joseph Charles Philpot (1802–1869) era conhecido como “o Separatista”. Foi um pastor, teólogo, escritor e editor. Ele se demitiu da Igreja da Inglaterra em 1835 e tornou-se um batista estrito e particular. Enquanto estava na Igreja da Inglaterra, foi um membro do Worchester College, em Oxford, e parecia ter uma carreira acadêmica brilhante. A carta que enviou para o reitor afirmando suas razões para deixar a Igreja da Inglaterra foi publicada e teve várias edições. Após isso ele se tornou um batista estrito e particular, e foi batizado por John Warburton em Allington (Wilts). O resto de sua vida foi gasto ministrando entre os batistas estritos. Por 26 anos, teve um pastorado conjunto em Stamford (Lines) e Oakham (Rutland). Além disso, por mais de 20 anos, foi editor de “The Gospel Standard”, onde muitos de seus sermões apareceram pela primeira vez.
“Meu desejo é exaltar a graça de Deus, proclamar a salvação através de Jesus Cristo somente; declarar a condição pecaminosa, miserável e desesperada do homem em seu estado natural; descrever a experiência vívida dos filhos de Deus em suas aflições, tentações, tristezas, consolações e bênçãos.” — J.C. Philpot