Paulo era um grande admirador de Cristo. Ele não desejava conhecer nada além de Cristo, e Este crucificado. “Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro”. (Filipenses 1:21)
"Para mim, o viver é Cristo". Ou seja, "Cristo é a minha vida!", ou desta forma: "Minha vida é constituída de Cristo”. Como a vida de um homem ímpio é constituída de pecado, assim a vida de Paulo era feita de Cristo. Ele era pleno de Cristo. Para que eu possa dar-lhe o sentido mais completo do texto, observe-o nestes três aspectos:
1. "Para mim, o viver é Cristo", ou seja , Cristo é o PRINCÍPIO da minha vida. Eu busco a minha vida espiritual de Cristo, como o ramo busca a sua seiva da raiz. "Cristo vive em mim” (Gálatas 2:20). Jesus Cristo envia a vida para dentro de mim, para me vivificar para cada ação sagrada. Assim, Cristo é o princípio da minha vida: de Sua plenitude eu vivo, como o ramo vive a partir da raiz.
2. "Para mim, o viver é Cristo", ou seja, Cristo é o FIM da minha vida. Eu não vivo para mim mesmo, mas para Cristo. Todo meu viver é para servir a Cristo. "Se vivemos, vivemos para o Senhor" (Romanos 14:8). Nós nos entregamos completamente para Cristo. O projeto de nossa vida é exaltar a Cristo, e fazer florescer a coroa sobre Sua cabeça. Neste sentido, Cristo é a finalidade da minha vida, quando toda a minha vida é um viver para Cristo.
3. "Para mim, o viver é Cristo”, ou seja, Cristo é a ALEGRIA da minha vida. Salmo 43:4: “Deus que é a minha grande alegria” ou a nata da minha alegria. Um Cristão pode se regozijar em Cristo quando as alegrias mundanas se foram. Quando, em um jardim, a tulipa murcha, um homem ainda se alegra com suas joias que estão guardadas dentro da casa. Somente assim, quando as alegrias mundanas se vão, um santo pode se alegrar em Cristo, a Pérola de grande valor. Neste sentido, Cristo é a alegria da minha vida; se Cristo se for, minha vida seria uma morte para mim.
"Para mim, o viver é Cristo!". Cristo é o princípio da minha vida, o fim da minha vida e a alegria da minha vida. Se nós podemos dizer: "Para mim, o viver é Cristo ", podemos confortavelmente concluir: “e morrer é lucro!".
Sobre o autor
Thomas Watson
O doce Puritano Thomas Watson nasceu 1620, estudou em Cambridge (Inglaterra). Em 1646, iniciou um pastorado de dezesseis anos em Londres. Em 1651, foi aprisionado com alguns outros ministros evangélicos, tendo sido liberto em 30 de junho de 1652 e reintegrado formalmente ao púlpito de sua igreja.
Watson continuou a exercer seu ministério particularmente, quando encontrava oportunidade. Quando sua saúde decaiu, retirou-se para Barnston, em Essex, onde morreu repentinamente, enquanto orava em secreto. Foi sepultado em 28 de julho de 1686.
Suas ilustrações práticas, doçura no ensino e fidelidade bíblica são cativantes. O seu Body of Pratical Divinity (Compêndio de Teologia Prática), foi publicado postumamente em 1692, composto de 176 sermões.