Com base nas informações disponíveis, é impossível determinar com precisão as origens da Segunda Confissão Londres. Há, no entanto, alguns indícios que nos ajudam a limitar o campo.
A primeira referência conhecida à Confissão é encontrada no manuscrito Livro da Igreja de Petty France, Igreja em Londres. Em 26 de agosto de 1677, esta nota foi inscrita: “foi acordado que uma Confissão de fé, com o seu apêndice tendo sido lido e considerado pelos Irmãos, deve ser publicada”. Joseph Ivimey, o historiador Inglês Batista do início do século XIX considerou isso como implicando que a Confissão se originou na igreja de Petty France, e esta é provavelmente uma suposição precisa.
Esta igreja foi uma das sete igrejas de Londres originais que juntas publicaram a primeira Confissão de Londres de 1644/1646. Em 1675, dois homens de imensa importância para a história Batista Particular, Nehemiah Coxe e William Collins, foram ordenados como co-pastores no mesmo dia. Cada um deles foi tido em alta consideração por seus irmãos, sendo solicitados a produzirem obras teológicas significativas (veja as biografias de Coxe e Collins), e seriam, assim, bem capacitados para servir como editores da Confissão de Fé. Coxe morreu em 1688, antes da Assembleia Geral de 1689. Embora seu nome não foi anexado à Confissão, em 1689, ele merece ser mencionado e lembrado ao lado de seu co-ancião em associação a este grande documento.
Um “anúncio” mui interessante foi anexado à quinta edição da Confissão (1720), que afirma:
Esta Confissão de nossa Fé, em conjunto com as breves instruções dos Princípios da Religião Cristã, ou os Catecismos, tanto com as provas na margem e também aquelas com palavras das Escrituras extensivamente; com esta Confissão, oferecida pelos ministros, anciãos e irmãos de mais de cem congregações de Cristãos, batizados sob profissão de sua fé na Inglaterra e no País de Gales, negando o Arminianismo, confessando a doutrina da eleição pessoal e perseverança final; tendo vendido a propriedade, direito e título da impressão da mesma para John Marshall, livreiro, em Bible na Gracechurch Street, por nós, William Collins e Benjamin Keach, é desejável que todas as pessoas desejosas de promover tais livros úteis, dirijam-se a ele.
Uma vez que tanto Collins e Keach morreram por volta de 1704, esta nota deve ter sido anexada a uma edição anterior da Confissão. Isso indica que Collins e Keach detinham os direitos de publicação destes dois documentos, uma circunstância que alguém poderia esperar implicar autoria. Será que esta nota implica que Collins tinha os direitos da Confissão (Coxe tendo morrido muitos anos antes) e Keach os direitos do Catecismo? Não há nenhuma evidência para vincular Keach às origens da Confissão, embora seu nome esteja frequentemente associado ao Catecismo. Embora não seja seguro, esta é uma possível leitura da declaração, e explicaria por que o nome de Keach tornou-se ligado ao Catecismo.
Embora não possa ser afirmado com certeza, provas circunstanciais parecem apontar para Coxe e Collins como os autores da Confissão. Ambos eram homens qualificados e respeitados, e a primeira menção do documento encontra-se no Livro da Igreja deles, aprovando a sua publicação. Cada um deles foi convidado para assumir a liderança na escrita teológica, fato que seria esperado de tais homens. Até que outras provas sejam encontradas, este parece ser o cenário mais provável para a origem da Confissão.
Compilado pelo Dr. James M. Renihan
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