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Fontes Documentais da Confissão de Fé Batista de 1689

A Confissão de Fé Batista de Londres de 1689 provém principalmente de quatro fontes:

A. A Confissão de Fé de Westminster, 1646.

Esta confissão é distintamente Puritana, Presbiteriana e Pedobatista, sendo o resultado da sessão da Assembleia de Westminster.

B. A Declaração Savoy de Fé e Ordem, 1658.

Esta confissão é uma revisão da de Westminster,  e é Independente ou Congregacional, e nisto diferia nos assuntos de governo da Igreja e da autonomia da igreja local.

C. A Primeira Confissão Batista de Londres (1644).

Durante o século XVII, quando sob perseguição, Batistas publicaram uma série de Confissões para esclarecer a sua posição doutrinária e para refutar erros com os quais eles tinham sido estigmatizados. Esta Confissão foi subscrita por sete Congregações Batistas Particulares na região de Londres. É provável que tenha, posteriormente, se tornado a posição doutrinária de muitas outras Congregações. Era distintamente Calvinista e Batista, e ao mesmo tempo rejeitou muitos dos preceitos do Anabatistas Continentais acerca do Pelagianismo, do pacifismo, e a rejeição do envolvimento dos Cristãos no ofício civil. Cinco das sete igrejas que assinaram a Confissão de 1644 foram igualmente signatárias da Confissão de 1689.

D. A obra de William Collins e Neemias Coxe.

William Collins e Neemias Coxe eram anciãos da igreja Petty France, em Londres. É provável que eles foram responsáveis ??pela reunião e edição dos três documentos acima citados para produzirem esta Confissão de Fé. A primeira referência existente para a Confissão é encontrada registrada no Livro da Igreja Petty France, em 26 de Agosto de 1677, que afirma: “foi acordado que uma Confissão de fé, com o seu apêndice tendo sido lido e considerado pelos Irmãos, deve ser publicada”. Dada a estatura espiritual de ambos, Coxe e Collins, o envolvimento deles em outras atividades literárias, unido ao fato de que parece que a Igreja de Petty France estava intimamente consciente da Confissão, isso torna muito provável que eles foram os seus principais editores (veja Origens da Confissão). Embora a Confissão foi publicada em 1677, isso foi feito de forma anônima, devido à perseguição da época. Não foi até 1689, após a “Revolução Gloriosa”, sob William e Mary de Orange que essa Confissão foi publicada com os nomes dos signatários e as igrejas que representavam, em anexo, e tornou-se conhecida como a Confissão de Fé Batista de Londres ou a Segunda Confissão de Fé Batista de Londres.

Dos 160 parágrafos que compõem a Confissão de Fé Batista de Londres de 1689, 146 são diretamente derivados da Declaração Savoy, oito são derivadas da Confissão de 1644 e seis do trabalho editorial de Collins e Coxe.