❝ E será aquele homem como um esconderijo contra o vento, e um refúgio contra a tempestade.❞ (Isaías 32:2)
Quem é esse homem? Preciso perguntar? Não há resposta em todo coração que teme a Deus? E o homem Jesus Cristo, o homem que é o companheiro de Deus. Quão abençoado é ter uma visão bíblica e espiritual da humanidade do Senhor Jesus Cristo, vê-lO não apenas como Deus, verdadeira e essencialmente Deus, um em substância, glória e poder com o Pai e o bendito Espírito, mas também Homem, feito em todas as coisas semelhante a nós, a não ser pelo pecado.
E que adequação existe na humanidade do Senhor Jesus, quando a vemos em união com essa divindade gloriosa! Como homem Ele sofreu, como homem Ele sangrou, como homem Ele morreu, como homem Ele é um Mediador por Seus semelhantes entre Deus e os homens; como homem, Ele tem um coração afetuoso, compassivo e simpatizante com o sofrimento humano; como homem, Ele obedeceu a lei em todos os seus aspectos; como homem, Ele suportou todos os sofrimentos da humanidade, assim se tornou o Irmão nascido para adversidade, carne da nossa carne e ossos dos nossos ossos; ainda assim, perfeitamente puro, inocente, imaculado, separado dos pecadores e agora exaltado cima dos céus.
Porém, que beleza, graça, glória e adequação vemos no Homem Jesus Cristo até que Ele seja revelado à alma pelo bendito Espírito? Nenhuma! É o Espirito que toma a humanidade de Cristo Jesus e a revela aos olhos da fé. E Ele não a mostra não como mera humanidade, mas unida, ainda que distinta, de Sua eterna Divindade. Oh, que Homem bendito! Esse Homem de dores, esse Homem sofredor, agonizante e crucificado. Veja-O na cruz, sangrando pelos seus pecados; e depois levante os olhos e veja-O como o mesmo homem à destra de Deus. Essa foi a visão de Estevão logo antes de ele estar presença de Jesus: “Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus.” (Atos 7:56)
Sobre o autor
J.C. Philpot
Joseph Charles Philpot (1802–1869) era conhecido como “o Separatista”. Foi um pastor, teólogo, escritor e editor. Ele se demitiu da Igreja da Inglaterra em 1835 e tornou-se um batista estrito e particular. Enquanto estava na Igreja da Inglaterra, foi um membro do Worchester College, em Oxford, e parecia ter uma carreira acadêmica brilhante. A carta que enviou para o reitor afirmando suas razões para deixar a Igreja da Inglaterra foi publicada e teve várias edições. Após isso ele se tornou um batista estrito e particular, e foi batizado por John Warburton em Allington (Wilts). O resto de sua vida foi gasto ministrando entre os batistas estritos. Por 26 anos, teve um pastorado conjunto em Stamford (Lines) e Oakham (Rutland). Além disso, por mais de 20 anos, foi editor de “The Gospel Standard”, onde muitos de seus sermões apareceram pela primeira vez.
“Meu desejo é exaltar a graça de Deus, proclamar a salvação através de Jesus Cristo somente; declarar a condição pecaminosa, miserável e desesperada do homem em seu estado natural; descrever a experiência vívida dos filhos de Deus em suas aflições, tentações, tristezas, consolações e bênçãos.” — J.C. Philpot